A Real Arenas, braço da WTorre que administra o estádio Allianz Parque, sofreu uma derrota nos tribunais no processo em que o Palmeiras cobra R$ 160 milhões de repasse por eventos e outros acordos provenientes da praça esportiva. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, na última quinta-feira (21), uma liminar à construtora.
A empresa entrou com um recurso para não ter que apresentar garantias de que tem como pagar a quantia cobrada pelo clube alviverde. Com o pedido negado, a WTorre precisa efetivar a comprovação nos próximos dias.
A informação foi divulgada inicialmente pelo GE e confirmada pela Itatiaia. À reportagem, a construtora afirmou que não se pronunciará sobre a decisão neste momento.
Os R$ 160 milhões cobrados pelo Palmeiras se devem a valores que o clube entende ter direito a receber, por contrato, desde 2015. O montante cresce na medida em que o estádio recebe novos eventos. As partes discutem a questão na Justiça desde 2017.
No balanço financeiro do ano passado, divulgado em detalhes neste mês, o clube alviverde entende que tem R$ 121,5 milhões a receber da Real Arenas. Nesse valor, não há juros e correções monetárias. Por isso, a diferença estipulada no processo.
Esse é mais um capítulo da tensão vivida entre o Palmeiras e a construtora. A parceria entre as partes na administração do estádio segue até 2044, como previsto em um contrato de 30 anos no total.
Neste ano, a presidente Leila Pereira já fez críticas ao afirmar que o clube pode receber um “coliseu” em alusão a uma possível queda no cuidado com a manutenção do Allianz Parque.
Ainda nesta temporada, as duas partes viveram momentos tensos. O Palmeiras teve o estádio interditado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) por conta das condições ruins do gramado sintético.
A solução para o caso se deu depois de praticamente dois meses, quando um material que se mistura ao campo foi trocado. Nesse caso, Leila Pereira também afirmou que cobrará ressarcimento na Justiça.