A Polícia Federal (PF) barrou a entrada de um palestino e três membros de sua família no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na sexta-feira 21, por suspeita de relações com o grupo terrorista Hamas.
Muslim Abuumar desembarcou acompanhado de sua mulher; do filho de 6 anos; e da sogra de 69.
Para barrar a entrada, a PF emitiu um documento de inadmissão ao palestino. Seu advogado entrou com um mandado de segurança, para esclarecer a razão da proibição da entrada no Brasil.
A Justiça Federal, no entanto, ordenou a suspensão da deportação até que os fatos sejam esclarecidos. Além disso, determinou que a sua mulher — que está grávida — receba atendimento hospitalar.
O deputado João Daniel (PT-SE) se posicionou em defesa do palestino. O parlamentar solicitou explicações ao Ministério da Justiça e ao Ministério das Relações Exteriores.
Já no sábado 22, a Justiça Federal emitiu uma decisão liminar, que impede temporariamente a PF de repatriar o cidadão palestino e sua família.
Os investigadores suspeitam que Abummar tenha vindo ao Brasil para que seu filho nasça em território brasileiro. O objetivo seria garantir a naturalização e a permanência dos familiares no país.
O detido é diretor de um Centro de Pesquisa e Diálogo da Ásia e Oriente Médio, localizado em Kuala Lumpur, na Malásia.