Aliada à Rússia e à China há décadas, a Coreia do Norte tem Kim Il-sung como seu “presidente eterno”. Trata-se do político que estabeleceu o regime comunista no país em na década de 1940. Apesar de a constituição mantê-lo no cargo até hoje, o ditador coreano morreu em 1994.
“Todo o povo coreano apoiará o grande líder camarada Kim Il-Sung como o eterno Presidente da República, defenderá e levará adiante suas ideias e façanhas e completará a revolução Juche sob a liderança do Partido dos Trabalhadores”, informa o texto no preâmbulo da Constituição da Coreia do Norte. Essa legislação passou por revisão em 1998 — ou seja: quatro anos depois da morte do ditador.
O corpo do ditador está embalsamado e fica exposto para o público. O Palácio do Sol de Kumsusan, que hoje lhe serve como mausoléu, foi sua última residência oficial em vida.
O presidente morto
Kim Il-sung nasceu em 15 de abril de 1912, em Man’gyŏndae, nas proximidades Pyongyang — hoje, capital da Coreia do Norte. Sua família fugiu para a China para escapar do domínio japonês sobre a Coreia. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele liderou o contingente coreano como major do exército soviético. Com o término do conflito, ele retornou ao seu país para estabelecer um governo influenciado pela União Soviética na área da península coreana controlada por Moscou.
Ditadura em família
Com a morte de Kim Il-Sung, o poder no país comunista passou para as mãos de Kim Jong-il — filho do presidente morto. O novo ditador se manteve na condução do país com cargo de líder supremo da Coreia do Norte, título que, ao morrer em 2011, deixou de herança ao filho Kim Jong-un.
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O atual líder supremo da Coreia do Norte acumula o cargo de Secretário-Geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia. É o partido que foi comando por seu avô Kim Il-sung, o eterno presidente morto do país comunista.