domingo, julho 7, 2024
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Pai é preso suspeito de estuprar filha em UTI de hospital em SP

Um homem de 59 anos foi preso pela Polícia Civil por suspeita de estuprar a própria filha em um hospital de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O abuso teria ocorrido em maio, enquanto a adolescente estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

A jovem foi hospitalizada depois de uma parada cardiorrespiratória decorrente de uma crise de asma. A falta de oxigenação no cérebro agravou o quadro e fez com que ela fosse levada para a UTI com pneumonia, onde o abuso teria ocorrido.

Funcionários da unidade médica filmaram as cenas e denunciaram o homem à polícia. Eles suspeitaram das alterações físicas da menina quando o pai se aproximava, o que levou à gravação das imagens.

“Ele manipulava a menina, sugerindo carícias”, afirmou a delegada seccional de São Bernardo do Campo, Kelly Cristina Sacchetto à Folha. “Laudo de exame de corpo de delito constatou lesões no órgão genital proveniente de atos libidinosos, como vermelhidão e marcas de unha.”

“Há mais de dez anos trabalhando no combate à exploração e ao abuso sexual infantil, eu e minha equipe ficamos chocados com as nuances deste caso”, acrescentou a delegada. “O abuso praticado pelo genitor, na UTI de um hospital, com a vítima em completa vulnerabilidade por seu estado clínico, nos deixou estarrecidos.”

A delegada informou que, assim que souberam do fato, policiais identificaram o autor do estupro. Menos de 12 horas depois, o homem foi detido por meio de um pedido de prisão temporária, convertido em preventiva posteriormente.

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O suspeito foi detido no dia 14 de maio. Policiais civis montaram uma campana para prendê-lo. Ele estava no interior de um veículo quando foi abordado. A investigação ocorre sob segredo de Justiça por envolver uma adolescente.

Pai da vítima nega acusações de estupro

O advogado Daniel Wallace, que defende o pai da jovem, afirmou à reportagem que ele nega veementemente as acusações.

“As gravações que foram realizadas clandestinamente, sem autorização judicial, não confirmam, com exatidão, a prática do crime, razão pela qual deve ser respeitado o direito constitucional do acusado de ser considerado inocente até que se prove o contrário”, disse Wallace, em nota.

“Qualquer opinião condenatória é muito precoce, pois o processo ainda se encontra em fase de produção probatória, aguardando a realização de audiência de instrução, debates e julgamento”, acrescentou. “Estamos plenamente confiantes de que a verdade virá à tona durante o curso do processo judicial.”

Em nota enviada à Folha, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado como estupro de vulnerável e cumprimento de mandado de busca e apreensão. Conforme a pasta, o computador do suspeito foi apreendido.

Via Revista Oeste

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