sábado, novembro 23, 2024
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Pagers que explodiram no Líbano foram fabricados na Europa

A empresa taiwanesa Gold Apollo, cujo logotipo aparece nos pagers de integrantes do Hezbollah que explodiram no Líbano e deixaram pelo menos 12 mortos, garantiu nesta quarta-feira, 18, que não foi a responsável pela fabricação dos aparelhos.

Gold Apollo informou que uma parceira, a BAC Consulting, com sede na Hungria, é a responsável pela fabricação dos pagers.

“Segundo um acordo de cooperação, autorizamos a BAC a usar a nossa marca para a venda de produtos em determinadas regiões, mas a concepção e a produção dos produtos é da exclusiva responsabilidade da BAC”, afirmou a Gold Apollo, em comunicado.

A presidente da empresa húngara, Cristiana Barsony-Arcidiacono, confirmou à rede norte-americana NBC que trabalhava com a Gold Apollo, mas negou estar envolvida na fabricação. “Não faço pagers, sou apenas uma intermediária”, alegou.

A empresa BAC Consulting, fundada em 2022, está registrada em Budapeste. Segundo investigação da agência de notícias AFP, Barsony-Arcidiacono parece ser a única funcionária da empresa, que movimenta cerca de R$ 3,2 milhões por ano, com lucros de aproximadamente R$ 275 mil anuais.

Segundo o jornal The New York Times, o Serviço Secreto Israelense interceptou os pagers antes que chegassem ao Líbano e escondeu pequenas quantidades de explosivos e um detonador junto à bateria.

As explosões dos pagers pertencentes a integrantes do Hezbollah, atribuídas a Israel pelo movimento pró-Irã, causaram 12 mortes e cerca de 4 mil feridos, segundo relatório divulgado pelo ministro da Saúde libanês, Firass Abiad.

Tecnologia que explodiu pagers é inovadora

O ataque através de pagers explosivos é considerado sem precedentes pelos analistas. Ainda não se sabe, no entanto, como exatamente isso foi feito.

Um oficial do Hezbollah levantou a hipótese de que um malware, um tipo de vírus malicioso, possa ter causado a explosão.

Uma pessoa é carregada em uma maca do lado de fora do Centro Médico da Universidade Americana de Beirute (AUBMC) enquanto pessoas, incluindo combatentes e médicos do Hezbollah, foram feridas e mortas quando os pagers que eles usam para se comunicar explodiram em todo o Líbano , de acordo com uma fonte de segurança, em Beirute, Líbano, em 17 de setembro de 2024. REUTERS/Mohamed Azakir TPX IMAGENS DO DIA
Paciente é carregado em uma maca do lado de fora do Centro Médico da Universidade Americana de Beirute (AUBMC) enquanto pessoas foram feridas e mortas quando os pagers explodiram no Líbano | Foto: Mohamed Azakir TPX/Reuters

Ele relatou que algumas pessoas sentiram os pagers esquentando e se livraram deles antes que explodissem.

Uma outra hipótese envolve o uso de frequências de rádio especiais e, por último, considera-se o superaquecimento das baterias dos pagers.

Via Revista Oeste

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