domingo, julho 7, 2024
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Pacheco diz que tema tem que ser visto com ‘cautela’

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, nesta segunda-feira, 3, que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Praias tem que ser vista com “cautela”.

“Em se tratando de uma emenda constitucional, nós temos que ter toda a cautela de poder fazer um amadurecimento, devido ao mérito da proposta”, disse Pacheco a jornalistas.

Relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o projeto é alvo de discussões, pois supostamente daria autorização para privatizar as praias. O texto permite a venda dos chamados terrenos da marinha, que são de domínio da União, para empresas, Estados, municípios e pessoas físicas em algumas condições.

As áreas estão situadas 33 metros do ponto mais alto atingido pela maré, usados tradicionalmente para fins comerciais de hotéis e bares. A PEC das Praias está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Conforme o texto, a areia e o mar continuaria sob o domínio da União e de acesso ao público. Contudo, especialistas e entidades ambientais enxergam na PEC a privatização do acesso à praia. Defensores da proposta, porém, alegam que o texto vai ajudar a economia do país.

De acordo com o relator, a PEC das Praias transfere 8,3 mil casas para moradores do Complexo da Maré e quilombolas da ilha Restinga de Marambaia. Além disso, segundo Flávio, o texto aumentaria a arrecadação de impostos e geraria empregos.

O presidente do Senado disse ainda não ter uma opinião formada sobre a PEC das Drogas, mas que não haverá uma votação “da noite para o dia”.

“Posso garantir como presidente é que não vai ser pautado da noite pro dia, nem haverá nenhum tipo de açodamento para poder atropelar o amadurecimento desse tema, especialmente porque trata de uma alteração na Constituição”, continuou.

Entenda a PEC das Praias e a polêmica

Até o momento, a lei permite que empresas e pessoas físicas utilizem os terrenos da marinha em troca do pagamento de taxas de ocupação e do Imposto Predial Territorial Urbano.

Mas, se o texto for aprovado, as áreas ficariam ocupadas por pessoas físicas ou jurídicas, mediante pagamento, ou de Estados e municípios, de forma gratuita.

Na semana passada, a matéria foi debatida durante uma audiência pública no Senado e provocou uma série de reações. A atriz Luana Piovani e o jogador de futebol Neymar Jr., por exemplo, protagonizaram uma discussão nas redes sociais. Luana criticou o fato de o atleta ter anunciado uma parceria com uma construtora para construir um condomínio à beira-mar.

Via Revista Oeste

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