quarta-feira, outubro 2, 2024
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Pablo Marçal se diz perseguido por suspensão de redes sociais

Depois de a Justiça Eleitoral determinar a suspensão de suas redes sociais, Pablo Marçal (PRTB) pediu aos seguidores que publiquem vídeos sobre o ocorrido, em solidariedade a ele. Segundo Marçal, a “perseguição” que enfrenta será um trunfo para sua candidatura à prefeitura de São Paulo.

“Quero pedir pra todos vocês, agora, que gravem vídeos nos Instagrams de vocês, no YouTube de vocês, todo mundo grave vídeo e posta assim, Marçal Prefeito de São Paulo e coloca assim, vão derrubar as redes do Marçal”, disse Marçal antes de participar de uma motociata em Itaquera, na zona leste da capital, segundo a Folha de S. Paulo.

Marçal afirmou que a pressão popular pode assustar o sistema. “Coloca pressão, porque o sistema inteiro se assusta”, declarou o candidato.

“Presta bem atenção, pra quem tá chegando aqui agora. Toda perseguição acelera o processo. Então, ai de vocês que não entendem isso, por favor, cumpra a decisão que acabou de sair na liminar, derruba as minhas redes sociais, vocês vão ver eu aparecer até dentro da sua geladeira.”

O candidato, ressalta a Folha, também criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por apoiar Ricardo Nunes (MDB) na reeleição para a prefeitura. “Você é um cara que a gente sempre acreditou ser livre”, disse Marçal.

“Você prometeu para nós a liberdade nesse país e tá curvando sua cabeça, capitão? Foi isso que você aprendeu no exército do Brasil, capitão?”

Estratégia de Marçal para atrair eleitores bolsonaristas

A motociata é uma estratégia usada por Marçal para atrair eleitores que apoiam Bolsonaro, numa imitação de ações típicas do ex-presidente. Nos últimos meses, Marçal tem se apropriado de símbolos caros ao eleitorado de Bolsonaro, como a defesa da família e a adjetivação de adversários como comunistas e socialistas.

Essa tática tem surtido efeito. Pesquisas mostram Marçal com 46% das intenções de voto entre eleitores de Bolsonaro, enquanto Nunes tem 26%. Duas semanas atrás, Nunes liderava com 37% contra 25% de Marçal.

Para reverter a situação, a campanha de Nunes aposta na disputa entre Marçal e a família Bolsonaro, ao alegar que existe uma atitude dúbia do influenciador. Políticos aliados de Bolsonaro têm descrito Marçal como “estelionatário” e “duas caras”.

Além disso, Marçal enfrenta acusações de fraude bancária e supostos vínculos com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses fatores têm levado Bolsonaro a se distanciar de Marçal.

Bolsonaro quer evitar, segundo a Folha, que Marçal se torne um rival na eleição presidencial de 2026. Pessoas próximas ao ex-presidente acreditam que Marçal utiliza a eleição municipal como trampolim para o Palácio do Planalto.



Via Revista Oeste

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