A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) divulgou, nesta segunda-feira (18), dados sobre as medições meteorológicas do mês passado. Eles dão conta de que outubro de 2024 foi o segundo mais quente em 175 anos.
A média global de temperatura, em outubro, permaneceu 1,32 °C acima da média registrada em todo o século XX, que foi de 14 °C. O décimo mês de 2024 só perdeu para o de 2023 em altas temperaturas, mas por apenas 0,05 °C.
Mais dados apresentados pelo NOAA sobre o mês de outubro
- Quando falamos de cada continente, outubro foi mais quente na América do Norte, seguido por Oceania e o Sul da África;
- Ao compararmos os dez primeiros meses de 2024 com o mesmo período em anos anteriores, o ano atual foi o mais quente da história até aqui. Entre janeiro e outubro deste ano, a temperatura foi 1,28 °C mais quente que a média do século passado;
- Além disso, outubro passado teve a menor cobertura de gelo dos últimos 46 anos. O mês passado registrou 3,23 milhões km² a menos na extensão do gelo marinho do Ártico. Já a Antártida também ficou abaixo da média;
- Houve, ainda, 11 ciclones tropicais nomeados no mês passado, incluindo o furacão Milton, que chegou à categoria 5 e atingiu o Estado da Flórida (EUA);
- Também houve 70 tempestades nomeadas em todo o mundo, sei a menos do que a média de longo prazo;
- O Centro Nacional de Informações Ambientais dos EUA (NCEI, na sigla em inglês) crava que existe 99% de chances de 2024 ser o ano mais quente da história.
COP29
Ao passo em que essas informações se tornaram públicas, Baku (Azerbaijão) recebe a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), que reúne representantes dos países que assinaram o Acordo de Paris, líderes mundiais, representantes de governos, empresários e ativistas. Ele se encerra na sexta-feira (22).
O evento, iniciado no último dia 11, discute sobre o futuro do planeta com as mudanças climáticas, incluindo temas, como transição energética, financiamento climático, redução de emissões, entre outros.
E o Brasil?
Nessa toada, na última quarta-feira (13), o Senado brasileiro aprovou o projeto de lei (PL) que regulamenta o mercado de carbono no País. Na prática, empresas e países com menor emissão de carbono podem vender os chamados créditos de carbono para quem polui mais, de modo que todos reduzam as emissões e incentive a redução do desmatamento florestal. Esses créditos também podem ser comercializados com a compra de áreas verdes.
Leia tudo sobre o assunto e a aprovação nesta matéria do Olhar Digital.