A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar formada por países da Europa, Estados Unidos e Canadá, anunciou que avalia a possibilidade de colocar mais armas nucleares em prontidão contra a Rússia.
Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg mencionou que existem discussões em andamento sobre a retirada de parte do arsenal de depósitos para “uso imediato”. O Kremlin interpretou essa declaração como uma escalada nas tensões com os países que formam a aliança.
Stoltenberg evitou informar quantas ogivas nucleares ficariam em operação, mas destacou a importância da transparência. A Otan mantém armas táticas na Europa, armazenadas em cofres subterrâneos, prontas para uso em caso de conflito.
A Holanda seria o primeiro país a operar os caças americanos F-35, capazes de lançar a bomba B61.
Incógnitas sobre a movimentação de arsenal tático
Não há confirmação se Washington pretende transferir parte do arsenal tático para fora de seu território. Nas últimas semanas, o presidente russo Vladimir Putin conduziu exercícios com armas táticas em resposta ao apoio ocidental à Ucrânia.
Armas táticas diferem das estratégicas por serem menos potentes. EUA e Rússia ainda respeitam os limites do tratado Novo Start para ogivas estratégicas.
Preocupações com múltiplos adversários nucleares
O diretor de controle de armas da Casa Branca mencionou a necessidade de aumentar o número de ogivas operacionais devido ao risco de conflito com a Rússia e a China. Stoltenberg alertou sobre a possibilidade de enfrentar dois adversários nucleares, China e Rússia.
A China recebeu críticas por não participar de uma conferência sobre a paz na Ucrânia, e os EUA a acusam de apoiar a indústria militar russa.