Até o fim do ano passado, carros eletrificados (híbridos e elétricos) não pagavam imposto de importação. Tudo mudou em 2024. Desde janeiro, o governo federal optou por voltar a cobrar o tributo gradualmente. O próximo reajuste acontece a partir de julho.
A medida chegou para incentivar a venda de veículos produzidos no Brasil, mas pode pesar mais no bolso dos compradores.
Por que os carros elétricos devem subir de preço?
- O tributo passa de 10% para 18% para carros elétricos importados.
- Atualmente, nenhum empresa produz EVs no Brasil — apenas a BYD confirmou planos de fabricação em solo nacional — ou seja, é quase certo que o custo extra será repassado para o consumidor.
- No caso dos híbridos leve e plug-in, o imposto sobe ainda mais: de 12% para 25% e de 12% para 20%, respectivamente.
- Vale mencionar que em julho de 2025 a alíquota terá um novo reajuste para 25%, no caso dos elétricos.
- A última mudança está prevista para julho de 2026, quanto a cobrança chegará a 35% para todos os eletrificados importados.
A BYD seguiu praticando os mesmo preços vistos em meados de 2023 até aqui. A montadora chinesa ainda não repassou o salto na tributação para os compradores, mas o mesmo não pode ser garantido a partir de julho.
Quem reservar ou comprar um carro elétrico (ou híbrido) em junho, pode ter a última chance de gastar menos.
Vale mencionar que, ainda assim, o Brasil aparece em posição de destaque como principal destino de exportação de carros elétricos e híbridos da China.
Mais carros feitos no Brasil
A volta no imposto também gerou um movimento de marcas interessadas em produzir automóveis híbridos e elétricos no Brasil, uma maneira de fugir da tributação de importação.
As chinesas BYD e GWM, por exemplo, já estão perto de iniciar a fabricação de eletrificados (híbridos flex) em solo nacional, talvez ainda em 2024. É esperado que mais empresas acompanhem a tendência nos próximos anos.