Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20. Durante a cerimônia, o republicano fez alguns anúncios de medidas que serão adotadas em seu governo.
Uma delas é a instauração de uma emergência nacional na fronteira sul dos EUA. Ele afirmou que o país sofre com uma invasão de imigrantes ilegais, facilitada pelo governo de Joe Biden.
Trump prometeu implantar política de deportação em massa
Em setembro do ano passado, Trump disse que promoveria uma política de deportação em massa de imigrantes ilegais.
“Temos uma imigração ilegal desenfreada”, disse Trump, ao observar que os norte-americanos nativos estão perdendo espaço no mercado de trabalho para estrangeiros que chegam aos país ilegalmente.
Outra medida, anunciada por Trump, é a intenção de classificar os cartéis de drogas mexicanos como organizações terroristas internacionais.
Ele disse que vai utilizar o Alien Enemies Act para permitir que autoridades norte-americanas detenham e deportem imigrantes durante períodos de guerra declarada.
O Alien Enemies Act é uma lei norte-americana de 1798. O documento permite ao presidente dos EUA deportar os cidadãos de uma nação inimiga.
“Vou orientar nosso governo a usar todo o imenso poder de aplicação da lei federal e estadual para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem crimes devastadores para o solo dos EUA”, afirmou Trump.
Medidas comerciais
Além disso, o presidente destacou a revogação de medidas ambientais do governo anterior. Ele prometeu, por exemplo, estimular a exploração de combustíveis fósseis. O republicano também declarou uma emergência energética nacional ao referir-se à exploração das vastas reservas de petróleo e gás dos EUA.
Trump atribuiu a crise inflacionária aos altos preços de energia e prometeu derrubar políticas de combate às supostas “mudanças climáticas”. “Voltaremos a ser o país da indústria e temos algo que nenhum país jamais terá: as maiores reservas de gás e petróleo do mundo — e vamos usá-las”, disse.
No campo comercial, Trump enfatizou a necessidade de revisar o sistema comercial dos EUA. Ele propôs impor tarifas a produtos de outros países para proteger a indústria e os trabalhadores norte-americanos.
Também criticou o governo do Panamá por não cumprir promessas e aplicar tarifas excessivas a embarcações norte-americanas no Canal do Panamá.
“Navios norte-americanos são severamente sobrecarregados e não tratados de forma justa de nenhuma maneira”, afirmou Trump. “Isso inclui a Marinha dos Estados Unidos.”
Ações sobre liberdade de expressão
Trump também anunciou uma ordem executiva para “acabar imediatamente com toda a censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão à América”. O presidente mencionou os esforços do governo Biden para restringir essa liberdade. “Nunca mais o imenso poder do Estado será usado como arma para perseguir oponentes políticos.”
Outra medida envolve o reconhecimento de gênero. De acordo com Trump, seu governo reconhecerá apenas os gêneros masculino e feminino.
Ele prometeu realizar cortes em programas de diversidade, equidade e inclusão. Também afirmou que não financiará procedimentos médicos de transição de gênero.
“Nessa semana, também encerrarei a política governamental de tentar engenhar socialmente raça e gênero em todos os aspectos da vida pública e privada”, disse Trump. “Forjaremos uma sociedade que não vê cor e é baseada no mérito.”
Trump ainda anunciou a reintegração de militares que foram expulsos das Forças Armadas por se opor à exigência de vacina contra a covid-19.
Finalmente, o republicano anunciou que os EUA deixarão o Acordo de Paris — tratado internacional para reduzir a emissão de gases poluentes. Em 2021, o ex-presidente Joe Biden prometeu combater as supostas mudanças climáticas. Ele tinha o plano de zerar as emissões de gases até 2050.