sexta-feira, setembro 20, 2024
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Ordem de prisão para González complica acordo na Venezuela

O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, disse que a ordem de prisão contra Edmundo González, opositor do ditador Nicolás Maduro na Venezuela, dificultou um possível acordo pacífico no país. Brasil e Colômbia tentam mediar uma negociação entre as duas partes.

O Conselho Nacional Eleitoral, ligado ao regime chavista, declarou Maduro vencedor das eleições de julho, mesmo sem fornecer atas eleitorais. Por outro lado, González diz que ganhou o pleito eleitoral com quase 70% dos votos.

Diante desse impasse, a Justiça venezuelana acatou um pedido do Ministério Público, ligado ao governo de Maduro, e emitiu um mandado de prisão contra González. Ele é acusado de cinco crimes e ignorou três intimações para depor.

De acordo com o jornal O Globo, Celso Amorim considerou a decisão da Justiça um obstáculo para um acordo.

“Torna tudo ainda mais difícil”, afirmou o assessor.

O diplomata descartou, contudo, uma postura mais forte do Brasil contra o ditador. “Eu sou do tempo da bossa nova; a gente nunca sobe o tom”, afirmou.

Reunião entre Lula e Censo Amorim discute acordo na Venezuela

Da esquerda para direita: o chanceler Mauro Vieira, o presidente Lula e o assessor especial Celso Amorim. Itamaraty não define Hamas como grupo terrorista | Foto: Ricardo Stuckert/PR
Da esquerda para a direita: o chanceler Mauro Vieira, o presidente Lula e o assessor especial Celso Amorim | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Com a crise se intensificando, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir nesta terça-feira, 3, com o chanceler Mauro Vieira. Nos bastidores, contatos entre autoridades brasileiras e colombianas com representantes de Maduro e da oposição são esperados.

Lula reiterou que não reconhece a vitória de Maduro ou da oposição: “A oposição fala que ganhou, ele fala que ganhou, mas não tem prova”, disse Lula em entrevista à Rádio MaisPB. “Estamos exigindo a prova. Ele tem direito de não gostar. Eu falei que era importante convocar novas eleições”.

Via Revista Oeste

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