As orcas são grandes mamíferos que chegam a medir até quase dez metros e pesar 5,5 kg, segundo o World Wide Fund for Nature (WWF). A barbatana dos machos pode chegar a 1,8 metros, a maior do grupo dos cetáceos.
Por conta de seu tamanho, muitas vezes, orcas são confundidas com baleias. Na verdade, esses animais são um tipo de golfinho, mas o mais correto é chamá-los apenas de orcas.
Por que Orcas não são baleias?
Golfinhos e baleias fazem parte dos cetáceos, grupo representado por mamíferos que vivem toda a sua vida em ambiente aquático, seja água doce ou salgada. Eles contam com um par de nadadeiras peitorais, uma nadadeira caudal disposta na horizontal e são carnívoros. Alimentam-se de peixes, lulas, camarões, pinguins, focas e mesmo outros cetáceos.
O grupo é dividido entre misticetos (incluem as grandes baleias que apresentam barbatanas na boca para apreensão de alimentos) e odontocetos (onde estão os golfinhos, orcas, botos, cachalotes e outros animais que têm dentes para prender alimentos).
As barbatanas na boca das baleias, também chamadas de cercas bucais, formam duas cortinas que tem como função filtrar o alimento ingerido. Essas estruturas são importantes já que as baleias são se alimentam de animais muito menores do que elas.
Na divisão dos cretáceos entre misticetos e odontocetos está o porquê de as orcas não serem baleias, de acordo com o ebook Orca é baleia ou golfinho?, do pesquisador Marcos César de Oliveira Santos. Elas não apresentam as barbatanas na boca, e sim dentes para capturar os alimentos.
As orcas são perigosas?
A fama das orcas de baleias-assassinas é uma tradução de “killer whale”. O termo vem de caçadores de baleias bascos que testemunharam algumas orcas cercando e matando baleias que eles haviam arpoado. As orcas estão no topo da cadeia alimentar e são exímias predadoras.
Marcos César de Oliveira Santos destaca que elas não devem ser apelidadas de baleias-assassinas. Além das orcas não serem baleias, o termo “assassino” foi criado por seres humanos para designar a ação de quando uma pessoa tira a vida de outra e, por isso, deve ficar restrita a própria espécie. Na ecologia, o ato de capturar presas para sustento é classificado como predação.
O filme Orca, a baleia-assassina, lançado em 1977, colaborou para a proliferação da imagem pejorativa desses cretáceos. Nele, uma orca persegue e mata um caçador que teria sido o responsável pela morte de um filhote e fêmea orca que, provavelmente, tinham relação com o macho “assassino”.
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Mas não há registros de incidentes fatais com humanos provocados por orcas na natureza. Em cativeiro, por outro lado, já aconteceram fatalidades na interação entre seres humanos e orcas.
Nesses casos, o estresse provocado pelo dia a dia de trabalho forçado em troca de alimento foi um dos gatilhos que resultou nas mortes de humanos. Além de perderem a liberdade, as orcas recebiam um dieta pobre baseada em peixes mortos, o que também aumentou o nível de estresse desses animais.