Senadores de oposição pediram ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que “adote providências” no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender as prerrogativas da senadora Rosana Martinelli (PL-MT), investigada no inquérito do 8 de janeiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Em documento direcionado a Pacheco na segunda-feira 17, o parlamentares solicitam medidas relacionadas à inviolabilidade do exercício do mandato dela, que, conforme eles, estará “prejudicado com a manutenção da medida cautelar penal de retenção de passaporte decorrente de decisão do STF, que segue em sigilo”.
“Vimos requerer a vossa Excelência a adoção de todas as providências cabíveis junto ao STF, na qualidade de presidente do Congresso Nacional, em especial a suspensão imediata da medida cautelar penal de retenção de passaporte da senadora Rosana Matinelli, bem como a obtenção de informações sobre investigação que corre contra a referida parlamentar, de maneira a garantir o exercício regular do seu mandato parlamentar”, alegou a oposição.
Ex-prefeita de Sinop, em Mato Grosso (MT), Rosana Martinelli (PL-MT) assumiu o mandato de senadora no lugar do senador Wellington Fagundes (PL-MT) em 13 de junho.
Depois de assumir o mandato, a Oeste, Rosana Martinelli disse ser investigada por supostamente financiar atos que antecederam o 8 de janeiro, mas negou participação nos atos de vandalismo e qualquer financiamento. Conforme a parlamentar, o passaporte dela foi cassado e suas contas, bloqueadas.
“Não participei dos atos antidemocráticos”, disse Rosana Martinelli. “Minhas contas foram bloqueadas, meu passaporte cassado [apreendido] por suspeita de ser financiadora antes. O que aconteceu comigo foi em 15 de dezembro, antes do 8 de janeiro.”
“Entrei no pacote de cem pessoas que tiveram as contas bloqueadas com busca e apreensão referente ao envio de alguns caminhões”, continuou. “Nem se sabia que iria acontecer o 8 de janeiro. Não tenho envolvimento nenhum com o 8 de janeiro.”