quinta-feira, setembro 19, 2024
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Operação da Polícia mira fraude em máquinas de pelúcia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza, nesta quarta-feira, 28, Operação Mãos Leves 2, para cumprir 19 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresas que, segundo investigações da Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRPPIM), praticam crimes por meio de máquinas de bichos de pelúcia instaladas em shoppings.

Segundo exames do Instituto Criminalista Carlos Éboli (ICCE) em máquinas apreendidas na primeira fase da operação, o sistema eletrônico dos equipamentos pode ser programado para que o jogador tenha sucesso na captura do bicho de pelúcia apenas depois de um determinado número de jogadas, mediante a liberação de uma corrente elétrica.

Basicamente, o sistema dispõe de um contador de jogadas: se o número programado não for atingido, a corrente elétrica enviada gera uma potência na grua insuficiente para a captura do brinquedo.

“A investigação começou, em maio deste ano, quando a gente recebeu notícias de que essas máquinas estavam oferecendo bichos de pelúcia falsificados”, disse o delegado Pedro Brasil, titular da DRCPIM à TV Globo. “Efetuamos uma apreensão nessa época e efetuamos também a apreensão da máquina.”

“Depois de feita uma perícia, a gente percebeu que o dispositivo dispõe de um contador de jogadas”, acrescentou. “Só a partir de determinado número de jogadas é que é liberada uma corrente elétrica que gera uma pressão suficiente para que a garra consiga capturar uma pelúcia. Antes disso, a corrente elétrica é mais baixa.”

Máquinas de pelúcia são usadas de forma fraudulenta

O laudo confirmou que as máquinas são usadas de forma fraudulenta para enganar consumidores. Também foi descoberto que um dos investigados já havia sido relacionado a máquinas caça-níqueis, o que levantou suspeitas de envolvimento do jogo do bicho na atividade.

“Isso fez acender uma luz que nos fez desconfiar de que organizações criminosas como contravenção de jogo do bicho ou até milícias possam estar por trás disso”, afirmou Pedro Brasil.

Policiais da DRCPIM, com apoio da Polícia Civil, estão atuando em áreas do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e em Santa Catarina. Os investigados são suspeitos de crimes contra a economia popular, o consumidor, a propriedade imaterial, além de associação criminosa e contravenção de jogo de azar.

Além das máquinas e bichos de pelúcia falsificados, os policiais buscam celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos. As investigações continuarão para apurar possíveis crimes financeiros, como lavagem de dinheiro.

Via Revista Oeste

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