quinta-feira, agosto 15, 2024
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OpenAI projeta ‘IA suprema’, capaz de substituir humanos (e empresas)

Depois de vermos a Inteligência Artificial criar vídeos realistas a partir de textos, criar também fotos e músicas, ajudar a Medicina, dar um impulso aos carros autônomos e aos robôs, muita gente está se perguntando: até onde vai essa tecnologia?

A pergunta poderia ser retórica, mas a OpenAI tem uma resposta. A empresa responsável pelo ChatGPT acredita que, um dia, a Inteligência Artificial não só vai superar o homem, mas sim organizações inteiras.

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Em reunião com os funcionários nesta semana, a direção da startup compartilhou uma espécie de cronograma com o qual eles trabalham. Trata-se de uma escala interna para acompanhar a evolução do seu software até o ponto de chegada, que eles chamam de AGI (a Inteligência Artificial Geral) – que seria algo como a IA suprema.

Ao todo, esse escalonamento tem 5 níveis – e a OpenAI considera que estamos apenas no primeiro deles. Isso inclui o ChatGPT.

A IA atual já cria imagens a partir de textos, como essa aqui acima – Imagem: Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E

Quais são esses níveis

1) O primeiro é o nível dos “Chatbots“, no qual o grande modelo de linguagem (LLM) pode se comunicar com o ser humano. Como já disse, é o estágio onde estamos atualmente, com o uso diverso para textos, fotos, vídeos, músicas e até games. Mas nada muito avançado.

2) O segundo nível descrito pela OpenAI é o dos “Pensadores”, ou “Raciocinadores”, numa tradução mais literal. Neste ponto, a empresa acredita que a máquina poderá se equiparar a uma pessoa com Doutorado em alguma área. O software seria capaz de realizar tarefas básicas, mas também resolver algumas questões mais complexas. Os executivos da OpenAI afirmam que a companhia está perto de alcançar esse nível.

3) O terceiro passo dessa escala é o dos “Agentes”. A OpenAI afirma que a IA poderá agir e tomar decisões em nossos lugares. A diferença para o estágio anterior é que aqui as ações da máquina entrariam mais no campo prático e menos no campo teórico.

4) O penúltimo estágio imaginado pela OpenAi foi chamado de “Inovadores” pela companhia. Aqui, a Inteligência Artificial já estaria em um nível no qual ela poderia criar novas invenções totalmente do zero. Hoje, você pode treinar o seu chatbot a escrever um texto jornalístico, por exemplo. Mas o sistema vai se inspirar em conteúdos e no estilo de pessoas reais. No nível 4, a IA poderia criar algo totalmente original.

5) Por fim, a OpenAi projeta que o nível 5 será o das “Organizações”, quando a Inteligência Artificial poderá, de fato, substituí-las. Nesse caso, a máquina poderia fazer o trabalho de dezenas ou centenas de humanos ao mesmo tempo, substituindo de verdade uma empresa inteira, por exemplo. O nível 5 seria também o nível da Inteligência Artificial Geral.

Existe um prazo para essas inovações?

  • A OpenAI não estima uma data exata – pelo menos não oficialmente.
  • O CEO da companhia, Sam Altman, por outro lado, disse anteriormente que espera que a AGI possa ser alcançada ainda nesta década.
  • Os especialistas afirmam que será preciso tempo e dinheiro até chegar a esse ponto.
  • Serão necessários bilhões e bilhões de dólares em poder computacional para atingir a tal AGI.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, espera alcançar a IA Geral até 2029 – Imagem: jamesonwu1972/Shutterstock
  • Outro ponto interessante é que a própria OpenAI colocou em seu estatuto que, se alguém se aproximar desse objetivo antes dela, ela vai parar a própria pesquisa e apoiar a outra.
  • Tudo isso porque a empresa acredita que a AGI será uma espécie de próximo passo para a humanidade.
  • De acordo com a OpenAI, “se a AGI for criada com sucesso, esta tecnologia poderá ajudar a nos elevar a humanidade, aumentando a abundância, turbinando a economia global e ajudando na descoberta de novos conhecimentos científicos que alteram os limites das possibilidades”.
  • Na prática, a Inteligência Artificial Geral poderia ajudar oferecendo diagnósticos precisos de doenças e sugestão de tratamentos de saúde, além de interpretar documentos em tribunais, ajudar a fechar acordos entre empresas, planejar imóveis e até mesmo realizar descobertas científicas.

As informações são do The Verge.

Via Olhar Digital

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