Em 2023, a Open Society Foundations, de George Soros, destinou US$ 31,3 milhões (R$ 155,5 milhões) a ONGs no Brasil, um recorde histórico. O jornal Gazeta do Povo compilou esses dados recentemente divulgados pela organização.
O valor pode ser ainda maior devido a projetos globais sem destino específico. A fundação apoia ONGs com causas progressistas como a legalização das drogas, descriminalização do aborto e desincarceramento.
O Instituto Incube uma das ONGs mais beneficiada, recebendo US$ 3,1 milhões (R$ 15,5 milhões) em quatro repasses. As maiores doações foram para um fundo de resposta rápida e a “Rede Sulamericana para as Migrações Ambientais”.
O Instituto Clima e Sociedade (iCS) foi a segunda maior beneficiada com US$ 1,7 milhão (R$ 8,5 milhões), destinados a “apoio geral”. A entidade afirmou que os recursos foram usados para avançar em setores econômicos e fortalecer organizações da sociedade civil.
A ONU Mulheres recebeu US$ 1,2 milhão (R$ 6 milhões) para apoiar a nota estratégica do Escritório da ONU Mulheres no Brasil. A organização não retornou o pedido de comentário da Gazeta do Povo.
O Sleeping Giants Brasil recebeu US$ 700 mil (R$ 3,5 milhões) para aumentar a responsabilização de plataformas digitais. Em 2022, haviam recebido US$ 400 mil (R$ 2 milhões).
Influência das ONGs no debate público
Desde 2016, a Open Society já enviou R$ 605 milhões a ONGs do Brasil, sendo a Associação Direitos Humanos em Rede (Conectas) a maior beneficiada com R$ 34 milhões.
O presidente do NISP, Luciano Andreotti, destacou a influência dessas ONGs no debate público e no Legislativo. Ele afirmou: “Essas organizações têm um viés bastante claro, com uma tendência mais à esquerda. Fica nítido que elas são financiadas para isso: para rezar por essa cartilha ideológica mais à esquerda”.
Andreotti mencionou que essas ONGs têm poder de lobby e estrutura para influenciar o Congresso Nacional, mas não defende o banimento da Open Society. Para ele, é necessário que o outro lado se organize melhor para equilibrar o debate público.