O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai se reunir nesta sexta-feira, 8, às 17h (horário de Brasília) para discutir a tentativa da Venezuela de anexar Essequibo, região que pertence à Guiana.
A reunião será fechada e não haverá transmissão. O Conselho de Segurança é composto por 15 países, dez em assentos rotativos e cinco permanentes — Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França — que possuem poder de veto e, mesmo sozinhos, podem barrar decisões do todo.
A presidência do Conselho é rotativa e não indica um voto com peso dobrado ou de maior relevância numérica. Atualmente o Conselho é presidido pelo Equador.
O Brasil atua como membro não permanente e exerceu a presidência rotativa do colegiado em outubro. Porém, na quinta-feira 7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que está disposto a mediar o conflito para evitar uma guerra.
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Tensão entre Guiana e Venezuela
Esta semana foi marcada por uma escalada de tensão. Os Estados Unidos anunciaram manobras militares na Guiana na quinta-feira 7, depois que a Venezuela aprovou a anexação de Essequibo em um referendo.
Este foi o primeiro movimento militar do governo norte-americano na região desde domingo 3, quando o plebiscito foi aprovado. O ministro da Defesa venezuelano classificou a ação como uma “infeliz provocação”.
O referendo sobre a anexação de Essequibo à Venezuela foi aprovado pelo regime do ditador Nicolás Maduro. A região é rica em petróleo e pedras preciosas, correspondendo a 70% do território da Guiana.
Na terça-feira 5, o governo venezuelano divulgou um novo mapa do país com a incorporação do território.
Em resposta, o presidente guianense, Irfaan Ali, declarou na quarta-feira 6 que acionaria o Conselho de Segurança da ONU.
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