sábado, novembro 23, 2024
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ONU convida Talibã para participar da COP-29

O grupo terrorista Talibã vai participar de uma conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP-29. Esta é a primeira vez que a organização participa de um evento do tipo desde que assumiu o controle do Afeganistão, em 2021.

A conferência começa nesta segunda-feira, 11, e vai ser sediada no Azerbaijão. Esta é uma das mais importantes negociações multilaterais a incluir o Talibã, que não tem reconhecimento oficial como governo legítimo do Afeganistão.

A Agência Nacional de Proteção Ambiental publicou no Twitter/X que uma delegação técnica viajou a Baku, capital do Azerbaijão, para participar do evento.

O chefe da agência, Matiul Haq Khalis, disse que a delegação usaria a conferência para fortalecer a cooperação com a comunidade internacional sobre “proteção ambiental e mudança climática”.

Além disso, iria compartilhar as necessidades do Afeganistão em relação ao acesso aos mecanismos financeiros existentes e discutir os esforços de adaptação.

Talibã restringe direitos das mulheres

O regime do Talibã no Afeganistão impôs novas regras que restringem ainda mais os direitos das mulheres. Elas não podem estudar além da sexta série, são proibidas de trabalhar na maioria dos empregos e não têm acesso a espaços públicos como parques, academias e salões de beleza.

Viagens de longa distância só são permitidas se acompanhadas por um parente masculino, e elas devem cobrir-se da cabeça aos pés ao sair de casa. O manifesto do Talibã, de 114 páginas, também proíbe que mulheres falem em público. As informações são do jornal The New York Times.

Essas restrições, que já vinham sendo aplicadas desde que o Talibã retomou o poder em agosto de 2021, agora estão formalmente codificadas. Para muitas mulheres afegãs, isso representa um golpe devastador em seus sonhos e aspirações.

“Estamos voltando ao primeiro reinado do Talibã, quando as mulheres não tinham o direito de sair de casa”, lamentou Musarat Faramarz, de 23 anos, da província de Baghlan. “Pensei que o Talibã tivesse mudado, mas estamos vivendo novamente os tempos sombrios anteriores.”

Via Revista Oeste

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