terça-feira, novembro 5, 2024
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ONS defende acionamento de termelétricas devido à seca

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) defendeu o acionamento antecipado de usinas termelétricas movidas a gás natural devido à falta de chuvas em várias regiões do Brasil.

Em nota publicada na terça-feira 20, o ONS afirmou que, embora não haja risco de desabastecimento, a escassez de chuvas afeta os reservatórios das hidrelétricas, que são a principal fonte de energia do país.

As dificuldades enfrentadas pelas hidrelétricas levaram o ONS a sugerir medidas alternativas, incluindo o acionamento antecipado da UTE Termopernambuco, que estava prevista para iniciar operações comerciais em 2026.

“Com as chuvas abaixo do esperado, há uma menor disponibilidade de recursos hídricos, especialmente na região Norte do país, cuja contribuição para o atendimento à ponta de carga é fundamental”, explicou o ONS.

Essas medidas foram apresentadas ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, órgão governamental que supervisiona a geração de energia. O ONS destacou que, para os períodos de maior consumo de energia, especialmente à noite nos meses de outubro e novembro, será necessário adotar medidas preventivas adicionais.

“Não há qualquer problema de atendimento energético, e o Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe de recursos suficientes para atender a demanda por energia”, garantiu o ONS.

ONS pretende acionar termelétricas em outubro e novembro

Itaipu binacional
Usina de Itaipu, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai; hidrelétricas são responsáveis por parte da distribuição de energia no país | Foto: Reprodução/YouTube/Construction Time

Para outubro e novembro, o ONS planeja reduzir o uso das usinas hidrelétricas no subsistema Norte para preservar os recursos hídricos da região. Essas ações preventivas foram apresentadas no início de agosto ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

O período noturno é o que mais preocupa o ONS, pois a demanda de energia aumenta enquanto a geração por usinas solares cai. De acordo com a organização, o sistema depende principalmente das usinas eólicas, cuja geração varia conforme a velocidade dos ventos, e das hidrelétricas.

Com a falta de chuvas e a instabilidade da geração eólica, o ONS afirma que precisa recorrer a usinas mais confiáveis, como as termelétricas.

“Dessa forma, para os períodos do dia de maior consumo de carga, que acontece à noite, especialmente para os meses de outubro e novembro, o cenário exige a adoção de medidas operativas adicionais e de caráter preventivo, que foram apresentadas no começo de agosto ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico”, afirmou o ONS.

Via Revista Oeste

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