segunda-feira, setembro 30, 2024
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ONG de mulher recebida no ministério de Dino lavava dinheiro

A Associação Liberdade do Amazonas, uma organização não governamental (ONG), presidida por Luciane Barbosa Farias, também conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, é usada para lavar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas pela facção criminosa Comando Vermelho.

É o que aponta um inquérito da Polícia Civil do Amazonas. A ONG, fundada no ano passado com o objetivo de defender os direitos dos presos, teria sido criada pelos criminosos também para obter capital político para negociações com o Estado.

Dama do Tráfico

A entidade foi representada por Luciane em duas reuniões com assessores do Ministério da Justiça de Flávio Dino nesta segunda-feira, 13, em Brasília.

Mulher de Clemilson dos Santos Farias, líder da facção mais conhecido como Tio Patinhas, ela chegou a ser condenada a dez anos de prisão por ter participado da ocultação de valores do tráfico.

Enquanto o marido comandava as negociações do crime, Luciane é acusada de acobertar, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registro de empresas laranjas.

Flavio Dino
Luciane Barbosa Faria, conhecida como “Dama do Tráfico do Amazonas”, teve encontros com dois assessores do Ministérioi da Justiça de Flávio Dino e outras autoridades nesta segunda-feira, 13 | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

 

ONG recebia “caixinha”

De acordo com a investigação revelada pelo jornal O Globo, a ONG de Luciane recebia dinheiro do tráfico através de uma espécie de ”caixinha”, um modelo de arrecadação coletiva entre os integrantes do Comando Vermelho.

Todas as despesas da organização, como aluguel, água, luz, internet e salários dos funcionários eram pagas pela facção. Como resultado do inquérito. R$ 188 mil foram bloqueados da conta da entidade.

Em nota, Luciane negou qualquer ligação com facções criminosas e alegou ser vítima de discriminação por ser esposa de um detento. Ela também disse que está recorrendo da condenação e afirmou que no país uma pessoa só pode ser considerada criminosa depois do trânsito em julgado.

Via Revista Oeste

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