No último fim de semana, surgiram informações sobre a potencial formação de um ciclone-bomba no Sul do Brasil. No entanto, o site especializado MetSul descartou essa possibilidade. Até esta terça-feira, 12, não há evidências de ciclones se aproximando da região, conforme as análises de satélite e modelos computacionais.
Segundo o MetSul, atualmente, um ciclone está no Atlântico Sul, a cerca de 3 mil quilômetros ao sudeste do Rio Grande do Sul, próximo ao Oceano Antártico. Ele é o mais perto do Brasil. Esse ciclone, com pressão central de 995 hPa, está localizado na latitude 50ºS e longitude 39ºW, próximo à latitude das Ilhas Malvinas e perto das Ilhas Geórgia do Sul.
Em linhas gerais, esse ciclone está associado a uma frente fria que impacta o Sul do Brasil, especialmente os Estados de Santa Catarina e o Paraná. O ar frio resultante causou uma queda nas temperaturas, responsável pelo frio registrado no Rio Grande do Sul. Ciclones extratropicais são comuns na região e podem ocorrer em qualquer época do ano.
Ciclone-bomba é incomum no Sul do Brasil
Esses ciclones tendem a ser mais intensos durante o outono, o inverno e parte da da primavera, especialmente em latitudes próximas à Antártida. Ciclones-bomba são menos comuns perto do Uruguai e do Sul do Brasil e geralmente se formam mais ao sul do Atlântico, em latitudes mais elevadas e longe do Brasil.
Em casos excepcionais, ciclones-bomba podem se aproximar do Brasil, mas isso ocorre principalmente durante o inverno, não sendo característico de novembro. A MetSul afirmou que a formação de ciclones desse tipo próximo ao Brasil é rara e que, atualmente, as condições climáticas não favorecem tal desenvolvimento.