A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira, 23, que solicitou mais informações ao governo da China sobre um crescimento nos casos de doenças respiratórias e de agrupamentos de casos pneumonia entre crianças do país.
“Desde meados de outubro, o norte da China relatou um aumento de doenças semelhantes à gripe em comparação com o mesmo período dos três anos anteriores”, disse a organização.
A Comissão Nacional de Saúde da China relatou no dia 13 de novembro um aumento na incidência de doenças respiratórias no país.
Já na terça-feira 21, veículos da mídia local e o Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas “relataram aglomerados de pneumonia não diagnosticada em crianças no norte da China”.
Segundo a OMS, ainda “não está claro” se os dois eventos estão relacionados e solicitou informações epidemiológicas e clínicas adicionais e resultados laboratoriais das crianças que apresentaram doenças respiratórias.
OMS solicitou dados sobre doenças respiratórias
A organização solicitou ao governo chinês mais informações sobre as tendências recentes na circulação de agentes patogênicos conhecidos, incluindo gripe, Sars-CoV-2 (vírus causador da covid-19), vírus sincicial respiratório e Mycoplasma pneumoniae (infecção bacteriana comum que normalmente afeta crianças).
“A OMS também está em contato com médicos e cientistas através das nossas parcerias e redes técnicas existentes na China”, declarou em comunicado.
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China atribui casos a fim de restrições anti-covid
Em declaração feita em 13 de novembro, as autoridades chinesas atribuíram o aumento dos casos de doenças respiratórias ao fim das restrições impostas para conter a covid-19 e à circulação de agentes patogênicos conhecidos.
A China manteve a política conhecida como “covid zero”, que foi marcada por lockdowns e quarentenas rigorosas, testes em massa e rastreamento de contatos rigoroso.
As medidas anti-covid também limitam a propagação de germes mais comuns, o que, segundo especialistas, cria uma “lacuna de imunidade” que pode tornar as pessoas mais vulneráveis a infecções quando deixam de tomar tais precauções.