quinta-feira, setembro 19, 2024
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Olimpíadas aquecidas

Chegamos aos Jogos Olímpicos de Paris e com eles, as bobagens climáticas do discurso aquecimentista desfilam pelas notícias dos jornais alarmistas de plantão. Como se já não bastassem todas as conversas fiadas que vimos no passado, precisaram reviver o que classificamos como “tema climático de ocasião”. Afinal, o assunto que relaciona esportes com clima alterado não é novo. Há tempos que os “cientistas” da turma do “aquecimento global” alegam o fim das Olimpíadas, por causa do calor sufocante. Esse discurso já foi proferido há uns 15 anos.

Vamos ao hilariante novo caso que já começa com um nome bastante sugestivo: “Anel de Fogo”. Segundo esse relatório publicado por, veja bem, um grupo de fisiologistas da Universidade de Portsmouth, Reino Unido, o calor extremo causado pelo aquecimento do planeta poderá representar uma séria ameaça aos atletas.

O documento, que tem muito mais um teor propagandístico do que científico, surgiu pela “iniciativa” de 11 atletas olímpicos que se reuniram supostamente com cientistas climáticos e, como relataram, “destacados fisiologistas do calor” de forma a explicar como os quadros de calor intenso podem causar o colapso dos competidores ou, no pior dos casos, até a morte de alguns deles durante as competições.

O relatório resolveu incluir o que chamou de “aumento significativo das temperaturas” na região onde serão realizados os jogos, em Paris e adjacências, só que esse valor é insignificante. Trata-se da nova normal climatológica de 1991-2020 que inclui dois eventos de El Niños significativos, que naturalmente elevam as temperaturas em escala global e o descarte de todo o período frio que seguiu pelos anos de 1970 e 1980. Isto não tem nada a ver com CO₂, “aquecimento global”, petróleo, etc. Isto é meramente estatística sobre um conjunto de dados. A “elevação” do valor de referência não passou de 0,2 °C na maior parte das séries, sendo que 0,1 °C foi a marca mais verificada. Observamos isso inclusive nas séries satelitais, quando atualizaram as representações gráficas para a nova normal de referência.

O relatório segue citando eventos de calor de Tóquio (excepcionalmente ocorrido em 2021), elegendo o evento como um dos mais quentes desde sempre, usando os chavões tradicionais de terrorismo, seguido pelas frases de futurologia, afirmando que em Paris será a mesma coisa, baseando-se na onda de calor que ocorreu em 2003, mas “esquece” das fortes nevascas de 2007 e anos subsequentes e do verão passado bastante úmido.

O erro primário inicial é a evidente confusão de temperatura ar média global do ar, uma abstração sem sentido prático ou até mesmo real, com os possíveis quadros meteorológicos que abordam aspectos regionais. É a velha história de clima versus meteorologia. Ademais, a realização do evento ocorre no verão do hemisfério Norte justamente porque é o período mais propício ao conforto térmico humano durante o ano para aquela localização. Os invernos naquele hemisfério apresentam quadros com temperaturas muito baixas, chuvas e/ou neve em boa parte de sua extensão, com pequenas exceções na área costeira do mar Mediterrâneo, em seu setor Nordeste. Esta área pode atingir parte do continente como a Itália, pela sua própria configuração geográfica e a linha que envolve os países da Grécia à Áustria, na costa do mar Adriático.

O verão europeu, especialmente na área da França, apresenta frequentemente um quadro meteorológico que envolve a presença de um sistema anticiclônico estacionário. Nesta ocasião, a ausência de nuvens e o maior número de horas de brilho solar da estação de verão resultam em alta insolação. Em outras palavras, fica quente porque o saldo de radiação solar de onda curta incidente (ROCI) é alto, bastante positivo até, sendo as temperaturas do ar em superfície, apenas reflexos disto. O aumento da radiação de onda longa emitida (ROLE) pela superfície também entra neste cômputo, nada tendo a ver com “efeito-estufa” causado por CO₂. É patético desprezar o efeito real do que é uma onda de calor ocasionado por um quadro meteorológico, intensificado pelo efeito climático da continentalidade, simplesmente travestindo-o de “aquecimento global”. Vale lembrar que o evento raramente permanece por mais que duas semanas, sendo este o quadro mais esperado na Europa, onde as pessoas podem desfrutar do Sol e de temperaturas elevadas.

É óbvio que para o público em geral, há a necessidade de se preparar e tomar os cuidados relativos ao momento de calor que se apresenta. Causa estranheza, de certo modo, qualificar uma situação sazonal costumeira da vida cotidiana de boa parte do povo europeu como um problema. Ainda se ressalta que o quadro de onda de calor pode sequer coexistir com todo o período de duração dos Jogos, sendo esta, apenas uma possibilidade.

O relatório ainda toma como apoio, o pessoal do programa Copernicus que é a expressão concreta da ciência-política que envolve o clima, financiado com o dinheiro do contribuinte estadunidense. O programa é declaradamente aquecimentista e atribui o “aquecimento global” ao uso de petróleo sem pestanejar, embora não exista nenhuma evidência científica de que o CO₂ tenha interferido nas temperaturas do ar na História da Terra e que o tal aquecimento sequer exista, tendo em vista que as análises regionais mostram disparates nestas tendências, incluindo para neutralidade e diminuição em várias regiões. Isso é trágico.

Entre as matérias relacionadas, temos o depoimento do tenista neozelandês Marcus Daniell que afirmou que durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, Japão, achou mesmo que corria um risco potencialmente fatal, mas ele mesmo lembrou que a insolação é relativamente comum nas competições de tênis, ou seja, não estão ligados novamente ao clima, mas a situação meteorológica em questão que permite alta exposição solar. Na verdade, a maior parte dos depoimentos e conjecturas fez referência à insolação e não temperaturas. Vale lembrar que descrevemos aqui a alta resistência humana às temperaturas elevadas, quando discutimos a questão dos índices, incluindo os térmicos.

Provavelmente eles esqueceram da ocorrência das quadras de tênis de Wimbledon, Inglaterra, que nunca estiveram tão ressequidas, durante o outono do ano de 1976. Na época, esse era um alarde e relacionavam o ocorrido como semelhante a outra situação análoga, verificada no começo dos anos de 1920. Essa foi uma notícia extremamente antiga, só para recordar, pois nos anos de 1970, o ressecamento de quadras de tênis indicava o estado climático momentâneo, com extremo rigor científico.

O evento olímpico representa o mais alto grau da competitividade e excelência dos atletas. Olimpíadas é isso. É superar barreiras. Ser o número 1 não é para qualquer um. Envolve sangue, suor e lágrimas e, como sempre foi, pode estar quente, frio, seco ou chovendo, isso tudo não pode ser desculpa e o atleta de alto nível sabe sobre essas coisas, seja no vôlei de praia, nas corridas, na maratona.

Lembremos do caso das Olimpíadas de 1984, onde o atleta português Carlos Lopes venceu, com plena folga, a prova da maratona, sob Sol escaldante de Los Angeles, EUA, com a marca de 2h09m21.000s, sendo o tempo mais curto até então, com o atleta tendo 37 anos.

Na ocasião, além do Ouro, o primeiro de Portugal em uma Olimpíada, Lopes manteve o recorde da Maratona até 2008. Ressalta-se que 16 dias antes, ele havia sido atropelado em uma prova de rua, mas o mais surpreendente veio depois. Em uma entrevista, ele revelou seus esquemas de treino, cujo planejamento antecipou o verão quente que iria enfrentar, passando a praticar em lugares de clima árido e ficando fora da vila olímpica. Reduziu sua massa corporal para apenas 52 quilos de forma a garantir máxima eficiência a temperaturas do ar acima de 30,0 °C e umidade relativa na faixa dos 70% (seco). Isso é determinação. É o uso da fisiologia a seu favor, preparando-se. A superação de limites ocorre em qualquer condição, em qualquer tempo. Não é para todos, nunca foi.

Assim, o esquema de “clima” deixa claro que tudo isto é pano de fundo, cortina de fumaça para as prováveis mortes súbitas que poderão ocorrer dos atletas que se submeteram ao procedimento altamente perigoso e experimental inoculatório que foi apresentado ao mundo como “vacinas”. Quem ainda duvida, basta ver o número de mortes de esportistas de alto nível relatados nos anos subsequentes à aplicação global do experimento, como o futebol.

Segundo o relato da Good Sciencing, mesmo com todas as ressalvas, os números foram surpreendentes: 1653 paradas cardíacas ou problemas graves de atletas, onde 1148 deles chegaram ao óbito, desde a injeção de covid-19. De 1966 a 2004 (39 anos inteiros) a média de fatalidades era de 2,4 por mês. No intervalo de 2021 a 2022 (apenas dois anos), subiu para 47,7 por mês, ou seja, 19,87 vezes mais. Era para, no mínimo, chamar a atenção.

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Gráfico de colapsos e mortes de atletas de 1º de janeiro de 2021 a 31 de agosto de 2023, conforme a revista Good Sciencing

Então, além de ser uma boa desculpa às prováveis ocorrências de mortes, a história porca de “aquecimento global” fará dois papéis, recebendo a chancela de ser “verdadeira”, pela “previsão de mortes de atletas por causa do calor”, enquanto encobre os possíveis óbitos por outros motivos, como as inoculações experimentais forçadas. Vale lembrar que, para o caso em questão, precisam usar a sentença de “aquecimento global”, porque é verão na França. Se fossem Jogos de Inverno, não se esqueça que trocariam rapidamente para “mudança climática”. Tudo isso não passa de propaganda doutrinária de forma a querer emplacar a patética e inconsequente Agenda 2030 que não visa o bem-estar de ninguém neste mundo, exceto da autoproclamada “elite” global, que de elite, não tem e nunca teve nada.

Enfim, com mais essa lenga-lenga, logo transformarão as Olimpíadas, em “olimpiadas”, e não será só por causa de clima. Como diria um famoso apresentador de auditório: “Aguardem”.

Via Revista Oeste

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