Um oficial da Força Nacional foi agredido e teve seu fuzil roubado por indígenas em Terra Roxa, no oeste do Paraná. O incidente ocorreu no fim da manhã desta sexta-feira, 6, em uma propriedade rural que foi invadida pelos indígenas. O oficial sofreu ferimentos leves.
O líder dos indígenas comprometeu-se a devolver a arma depois de negociações com equipes da Polícia Militar do Paraná. Até as 15h30, a devolução ainda não havia ocorrido.
O governo do Paraná emitiu uma nota lamentando a agressão ao oficial e o roubo do fuzil. O texto menciona que a violência na região aumentou, em virtude das invasões de áreas produtivas por indígenas.
O Palácio Iguaçu informou que, desde o início do conflito, a Secretaria de Estado da Segurança Pública intensificou o policiamento na área. Equipes especializadas do Batalhão de Polícia de Choque, Batalhão de Polícia Militar da Fronteira e patrulhamento aéreo foram mobilizadas.
A nota recorda encontros realizados em julho de 2024 entre o governo estadual e os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Durante os encontros, a necessidade de respostas rápidas às invasões indígenas nas cidades fronteiriças com o Paraguai foi enfatizada.
“Ao saber do ocorrido, o governador Carlos Massa Ratinho Junior acionou o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, do Ministério Justiça e Segurança Pública, e reiterou a preocupação do Governo do Paraná com a situação”, diz a nota. “Por se tratar de povos indígenas, a responsabilidade da intermediação é do Ministério da Justiça, Funai e Polícia Federal.”
Faep irá solicitar audiência com Ministério da Justiça em resposta à ataque contra Força Nacional
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) anunciou que solicitará uma audiência com o ministro Ricardo Lewandowski. O pedido surge em resposta ao ataque indígena e ao roubo do fuzil em Terra Roxa.
A Faep relatou que muitos produtores rurais entraram com ações de reintegração de posse na Justiça, mas as ordens não estão sendo cumpridas. Esse cenário de desrespeito às leis está gerando insegurança jurídica na região, segundo a entidade.
“Para o Sistema Faep, a passividade do governo federal diante do controle das invasões e do cumprimento dos mandados de segurança é o principal motivo da escalada de violência na região”, declarou a Faep. “A entidade cobra do governo federal ações enérgicas e urgentes para conter a situação e evitar futuros conflitos.”