No último final de semana, vídeos de uma bola de fogo azul atravessando o céu da península ibérica tomaram as redes sociais. O objeto foi erroneamente classificado como um meteorito, mas não é esse bem o caso.
- O objeto foi avistado pela câmera de um foguete da Agência Espacial Europeia, no sábado dia 18;
- Segundo as imagens, o objeto estava vindo do município de Cáceres, na Espanha, com uma trajetória bastante plana, cerca de 10 graus acima da horizontal, e se desintegrou a apenas 60 quilômetros de altura;
- A bola de fogo foi analisada pelo Gabinete de Defesa Planetária da ESA que apontou que não se trata de um meteorito.
Bolas de fogo cruzando o céu são frequentemente associadas a meteoritos, mas esse termo diz respeito apenas a pedaços de meteoro que sobreviveram a sua entrada ardente na atmosfera e chegaram à superfície terrestre. O objeto que cruzou a Península Ibérica não é nenhum dos dois, pelo menos não exatamente.
Segundo a ESA, é pouco provável que sejam encontrados restos do objeto devido a velocidade com que atravessou a atmosfera e se desintegrou, se restou algo, provavelmente caiu sobre o Oceano Atlântico. A agência espacial acredita se tratar de um pequeno fragmento de cometa.
Segundo a Rede de Pesquisa de Bólidos e Meteoritos do Instituto de Ciências Espaciais, o objeto avistado foi classificado como um superbólido porque sua magnitude era de -16±1, mais brilhante que a lua cheia.
Já o meteoro é um termo genérico para qualquer objeto que entra na atmosfera terrestre e queima devido ao atrito do ar, superbólido define melhor o que foi visto pelas pessoas na Península Ibérica no final de semana. Os bólidos são meteoros que brilham mais do que qualquer estrela no céu, e são relativamente comuns, já os superbólidos são raros e muito mais brilhantes, iluminando a noite como se fosse dia.
O Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha apontou que objeto se tornou tão brilhantes devido a sua trajetória quase que horizontal e sua cor azulada é por causa do alto teor de minérios ricos em magnésio, como olivina e o piroxênio, comuns em cometas.