quarta-feira, setembro 18, 2024
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O Terror dos Sete Mares — Parte 1

Os garotos-propaganda continuam a sua prática de pirataria proferindo o discurso alarmista do “aquecimento global”! A mídia ficou por semanas propagando as costumeiras bobagens sobre o “nível do mar”, tentando referenciá-las ao verdadeiro nível médio dos mares (NMM), cuja suposta alteração estaria atrelada à “temperatura do ar global média” da Terra. Os argumentos desta fantasia foram relatos de eventos costeiros que nada têm a ver com a condição do NMM.

O espelho d’água no planeta possui uma área de mais de 361 milhões de quilômetros quadrados. Além disso, ainda tem volume, apresentando diversas profundidades. A movimentação de um corpo d’água dessa dimensão possui alta complexidade e não pode ser tratada de forma leviana como tanto pretendem fazer, objetivando propagar o terrorismo costumeiro. A variação da altura das águas responde a diversos fatores que vão desde os movimentos verticais de placas, rotação do planeta, marés, escoamentos periféricos aos continentes (efeito de borda), ação da atmosfera etc. Não é simplesmente uma banheira, ou melhor, um aquário.

Foram diversos os pontos citados onde o “nível do mar”, o vilão, teria “atacado” pelo mundo. Curioso que esses lugares nem sequer são a maioria da costa dos mares mapeada pelo planeta, inclusive estando ao lado de outros onde nada acontece. Isso por si já deveria chamar a atenção de quem está mais atento, percebendo que não se trata do NMM, mas de qualquer outro fenômeno costeiro. Devemos nos perguntar como que em um lugar o mar se elevaria e no seu imediato vizinho, não? Será que existe um degrau nas águas, ou uma rampa?

Sabemos que em muitos dos lugares citados há movimentos verticais de placas que permitem a ocorrência do fenômeno da transgressão marinha, mesmo que lentamente. Neste caso, o chão é quem abaixa, levando o marégrafo com ele. A linha costeira das marés avança sobre a área terrestre e a “subida” verificada ocorreu porque o aparelho de registro baixou. Embora se apresente como um fenômeno de espectro secular, algumas pequenas flutuações são passíveis de serem observadas, especialmente na presença da variação das componentes gravitacionais.

Contudo, na maioria dos casos a explicação é muito mais simples e envolve quadros meteorológicos específicos, combinados com o movimento normal das marés, portanto, com os quadros astronômicos oriundos da composição da mecânica celeste com Sol e Lua. Isso torna possível a sua observação imediata, e com ela, a divulgação das besteiras, trocando o fenômeno real costeiro ocorrido pela bobagem do mar que subiu, “atacou a civilização humana”, mas depois voltou, porque é bem assim que ocorre. A notícia só vale no “fervor” da coisa, pois ninguém depois vai lá “checar” que tudo voltou ao normal.

Esta composição, como alertamos, é a mais recorrente. Normalmente é caracterizada por situações onde o mar sobe, ocasionando o choque de algumas pequenas vagas da arrebentação costeira na área urbanizada de praias, como Santos, litoral do Estado de São Paulo, por exemplo, onde o fenômeno já aconteceu diversas vezes (Fig.1).

Ondas na praia de Santos
Figura 1 – Vagas atingem a orla da praia em Santos, litoral de SP, em 09 de maio de 2005 pela ação de um ciclone extratropical (CET) | Foto: Reprodução

Quando o caso é analisado, verifica-se que sempre se tratou da presença de algum fenômeno meteorológico de vulto de escala sinóptica (grande escala), como a passagem de um sistema frontal. Em 20 de maio de 2022, a mesma situação ocorreu no Rio de Janeiro. Um ciclone “sub-tropical” nomeado de Yakecan passou a 300 km da costa. Na maioria das vezes, os ventos se encarregam de empurrar as águas contra a costa, conforme a localização do sistema em relação ao continente (Fig.2).

Praia no Rio de Janeiro
Figura 2 – A proximidade do ciclone ‘subtropical’ Yakecan a 300 km da costa do Rio de Janeiro fez com que o mar atingisse com grande intensidade diversas praias do Estado, em 20 de maio de 2022 | Foto: Reprodução

A situação se exacerba quanto mais o centro de baixa pressão estiver próximo da costa, contudo, o problema da força das águas estará garantido se a maré, na ocasião, estiver em plena alta de águas vivas durante as fases de Lua Cheia ou Nova. É esse o efeito combinado de altas marés (astronômico) com a passagem de um sistema frontal, com ciclone extratropical ou não (meteorológico).

Para cada lugar do mundo, uma situação análoga a essa poderá ocorrer. No Brasil, aproveitando o exemplo de Santos, de frente ao Oceano Atlântico, normalmente será o vento de retaguarda do sistema frontal dinâmico que empurrará as águas contra a costa. Assim, teremos ondas maiores, grandes vagalhões nas praias e, com a presença de altas marés, haverá probabilidade da água atingir a área construída, alcançando alguns equipamentos urbanos.

Uma situação contrária ocorre, por exemplo, em Viña del Mar, cidade chilena na costa do Pacífico. Lá, alguns ciclones extratropicais em fase de decaimento (fases Dx ou Dy) forçam uma circulação de ventos dos quadrantes variando de oeste-sudoeste (WSW) a noroeste (NW) que empurram a água contra a costa. A combinação com fatores astronômicos, geradores das marés altas, impulsionam as águas do mar a avançarem sobre as avenidas à beira-mar da cidade.

No Hemisfério Norte não é diferente. Vários dos pontos indicados no setor noroeste da Europa são atingidos pelos intensos ciclones extratropicais que elevam significativamente o nível do mar, especialmente combinados com as marés (Fig.3).

Mar do Norte, na Dinamarca
Figura 3 – Grande ciclone extratropical no Mar do Norte ocasionou intensa arrebentação de vagalhões na costa oeste da Dinamarca, em 8 de janeiro de 2005 | Foto: Reprodução

Contudo, em qualquer parte do mundo, uma vez que um dos fenômenos desaparece, em especial, os referentes aos quadros meteorológicos, o mar abaixa e volta a sua normalidade. Então, não se trata de “mudança climática”, aliás, nunca foi. São apenas eventos meteorológicos atingindo um dos pontos mais nevrálgicos do Estrato Geográfico: as linhas de costa, onde ar-mar-terra se encontram.

Vale lembrar outro efeito semelhante que ocorre em regiões onde foram realizadas obras de aterramento, tomando parte do que antes era do mar, onde uma dinâmica específica costeira poderia apresentar suas características particulares naquele lugar, justamente quando surgiam as condições da combinação meteorológica com a astronômica.

Um exemplo são as raras ocorrências que observamos no decorrer da história no setor aterrado na capital do Rio de Janeiro. Como aquela área pertencia ao mar, amortecendo uma dinâmica explosiva da combinação que citamos, então em certas ocasiões, a ação do oceano “galga” o lugar novamente, ocasionando uma espécie de enxurrada costeira momentânea sobre o aterro, atingindo às vezes, até a avenida paralela à praia.

Outro ponto geralmente citado da ação das águas oceânicas são as ocorrências observadas em pontos específicos da costa do Nordeste brasileiro. Veja bem: em pontos específicos, ou seja, de imediato mais uma vez não pode ser a elevação do NMM, mas algo específico àquela geografia. O cenário apresenta águas revoltas, com intensos vagalhões, conforme há a mudança da Lua, que atingem a estrutura praiana de construção mais recente. Em certos lugares, até mesmo os blocos de pedras colocados para reter a arrebentação, foram deslocados e até mesmo derrubados pela força das águas. Aqui, o efeito meteorológico com a presença dos ventos de Leste é o elemento que intensifica o fenômeno, mas não o comanda.

Este é um dos casos mais interessantes porque envolve o ciclo nodal da Lua, combinado com a maré alta das Luas Cheia e Nova, adicionado do efeito meteorológico ocasionado pelos ventos intensos que acabam condicionando a direção das ondas em sentido à costa. O ciclo nodal lunar dura cerca de 18,9 anos, quando o plano da órbita da Lua dá uma volta completa em relação à Terra. Isto ocasiona uma combinação ou oposição entre os ângulos formados por esse plano de deslocamento da Lua, com o da inclinação da Terra, permitindo uma intensificação da velocidade do deslocamento das marés diárias em até 25%.

Como resultado, dentro de um ciclo de 28 dias das marés, observaremos a sua ação atingir muitos quilômetros a mais. Como o ciclo de tempo é o mesmo, mas a distância é maior, a velocidade precisa então ser elevada. A energia inerente a este movimento mais acelerado acaba ocasionando uma ação intensa das vagas que atingem as praias. Essa ação, embora aqui receba atenção ao que tange a ação superficial do mar, ainda apresenta mistérios quanto a sua contribuição climática, pois o resultado do deslocamento de águas quentes da região tropical em sentido aos extratrópicos ainda é desconhecida.

Na segunda parte deste texto abordaremos outros casos que são trazidos como “evidências de um mar em elevação” quando a imprensa propaga os resultados altamente duvidosos do IPCC (o painel do clima da ONU) e as suas falsas alegações de “enchimento oceânico por degelo”. Se eles relatam que os oceanos subiram 20cm nos últimos 70 anos, facilmente verificamos que as suas alegações não tem respaldo do mundo natural. Recomenda-se veementemente que os leitores assistam ao nosso minidocumentário “Ciência — Reduto dos Magos Ilusionistas” nos links das seguintes plataformas: Rumble (via VPN, ou direto pelo aplicativo do celular), Odysee e YouTube.

O documentário mostra, com pontos referenciados, o quanto o IPCC profere fraudes, repetidamente propagadas pela mídia que não constata a realidade do mundo, simplesmente porque não quer vê-la. Assim, o nosso questionamento apresenta seu caráter permanente: quem está errado? O mundo real ou os “dados” do IPCC?

Se isto não bastasse, traremos outras surpresas interessantes na segunda parte, além dos complementos ao nosso presente texto. Até lá!

Via Revista Oeste

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