O Humane Ai Pin foi criado em 2019 para substituir os maus hábitos criados ao redor do celular – o olho fixo na telinha, o deficit de atenção com o mundo exterior, a paralisação das duas mãos manuseando o aparelho, etc.
A ideia do Ai Pin é que o conceito do celular se desloque para o peito do usuário. E que a gente “converse” com o gadget ao invés de digitar. “Ligue para tal pessoa”, dizemos – e o Ai Pin faz a conexão. O aparelho realiza outras funções típicas de um celular, como pesquisas, previsão do tempo, agenda, etc. E se a gente precisa ver alguma coisa? O Ai Pin projeta a imagem na parede ou mesmo na mão do usuário.
A ideia é bem interessante. Mas o resultado para a empresa por enquanto é catastrófico. Sites especializados em testar gadgets estão arrasando com o Ai Pin. Um deles chegou a dizer que “é o pior produto que eu jamais avaliei”. Um gadget que custa 699 dólares (cerca de R$ 3.750) não pode ser tão mal avaliado.
O Ai Pin por enquanto flopou. E seus criadores estão tentando vender a empresa para a HP por mais de um bilhão de dólares. Segundo matéria do jornal New York Times, o plano era vender 100 mil aparelhos este ano – e até abril só vendeu dez mil. Para piorar, seu carregador da bateria começou a apresentar perigo de incêndio. O superaquecimento se tornou um problema sério para a Humane.
O Ai Pin tem solução? Uma possível venda para a HP vai resolver sua atual situação? É cedo para saber. de qualquer forma, o casal que o criou – Bethany Bongiorno and Imran Chaudhri – merece o crédito pela ousadia de repensar um gadget que nos acompanha o dia inteiro.