Sexta-feira 13 virou pesadelo antes mesmo de chegar aos cinemas. Dia do Azar, a data assusta há séculos — e pode aparecer mais de uma vez no ano. Tudo depende de quão sombrio é o calendário.
Um dos grandes eventos que criaram o Dia do Azar aconteceu numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307. O ato envolveu uma das ordens de cavalaria mais famosas da Igreja Católica, cuja tradição influencia sociedades discretas e secretas até hoje. Trata-se dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão — também conhecidos como Templários.
A mais terrível sexta-feira 13 e a origem do mito
Nesse dia, o então grão-mestre da ordem, Jacques de Molay, foi preso junto com todos os Cavaleiros Templários. A partir daí, os prisioneiros foram torturados e condenados à morte sob a acusação de heresia.
A trama para persegui-los envolveu o rei Felipe IV, da França, e o papa Clemente V — que, na época, não vivia em Roma, mas sim em uma cidade francesa. O papado havia mudado de endereço por imposição do monarca francês.
Tanto o rei quanto o papa tinham interesses na dissolução do grupo. O monarca devia fortunas aos Templários, e o sacerdote temia a crescente influência dos cavaleiros no mundo cristão.
A ordem templária surgiu para proteger os peregrinos no caminho para Jerusalém — a Terra Santa. Desse modo, o grupo se estabeleceu com braços por toda a Europa e o Oriente Médio. Com essa estrutura, os cavaleiros criaram o primeiro sistema europeu de transferência de valor, o que deu origem ao atual sistema bancário — e a uma fortuna imensa nas mãos dos Templários. Dinheiro e poder andam de mãos dadas, mas também atraem inimigos perigosos.
Dia do Azar, o pesadelo do calendário
No Ocidente, onde predomina o calendário gregoriano, todo ano tem, pelo menos, uma sexta-feira 13. Esse é o caso de 2025, por exemplo. Em 2023, foi diferente: a data apareceu em setembro e dezembro — e duas vezes já é quase o número máximo.
Nos anos mais azarados, o Dia do Azar aparece três vezes. Isso vai acontecer em 2026, justamente quando o Brasil passará por eleições. O jeito é ficar alerta para, diferentemente dos Templários, não ser pego de surpresa — e ter sorte.
