O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “só tem duas opções” diante do seu comportamento como magistrado. A primeira seria ser incluído na anistia ou, então, ter seu mandato cassado.
“Eu digo o seguinte para o Alexandre de Moraes, ele tem duas opções: ou a gente aprova a anistia ampla, geral e irrestrita, para todo mundo, e algum parlamentar faz uma emenda para incluir ele nessa anistia, porque ele cometeu crimes, ou a gente da mesma forma vai aprovar a anistia e, quando tivermos maioria nesse Senado, vamos cassar o Alexandre de Moraes”, disse Flávio Bolsonaro.
A declaração do parlamentar ocorreu nesta terça-feira, 19, durante audiência pública interativa para debater a situação dos presos relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023, na Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado Federal.
Segundo Flávio Bolsonaro, o ministro vai ser “impedido” de atuar na Suprema Corte em decorrência dos “diversos crimes que ele reiteradamente vem cometendo”. Declarou que Moraes está “desgraçando a vida de centenas de milhares de famílias brasileiras”.
Flávio Bolsonaro que pacificação vem pela “anistia, não pela opressão”, com faz Alexandre de Moraes
Ainda durante seu discurso, Flávio Bolsonaro destacou que, “uma hora, esse mal vai acabar”, em referência às operações de cunho político-ideológico de Alexandre de Moraes.
“E se for como sempre mostrou a história do nosso Brasil, com alguma pacificação, que passa, sim, pela anistia”, afirmou. “Porque o primeiro a vir a público e tentar jogar um balde de água fria no processo que está sendo construído dentro da política, com respeito, de forma democrática, e tem que conversar com todo mundo porque, se não, não andam as coisas aqui dentro desta Casa.”
O senador disse ter perdido inúmeras noites refletindo “maneiras para que esse pesadelo tenha fim”, e que o caminho certo está “pela política, e não pela força”. “E mais uma vez, o Alexandre de Moraes continua usando o remédio errado e em dose errada. Tudo o que aconteceu no dia 8 de janeiro foram consequências das decisões dele, das posturas dele”.
“Não estou incentivando nada, muito pelo contrário. Até o homem médio, como dizemos, entende o que está acontecendo. A perseguição que está acontecendo”, acrescentou Flávio Bolsonaro.