Um ataque terrorista a um campo de futebol nas Colinas de Golã resultou na morte de 12 crianças e jovens, além de deixar dezenas de feridos. O incidente ocorreu em Majdal Shams, neste sábado, 27, com um míssil atingindo a área. As Forças de Defesa de Israel (FDI) culparam o Hezbollah pelo ataque, que nega envolvimento.
Esse é o ataque mais letal na área desde o início da intensificação dos confrontos entre Israel e Hezbollah, em outubro passado, durante a contraofensiva de Tel-Aviv na Faixa de Gaza.
As vítimas tinham entre 10 e 20 anos. Antes do ataque, o Hezbollah reivindicou quatro ações, incluindo uma contra a Brigada Hermon, nas proximidades.
A resposta de Israel
Depois do ataque, Israel respondeu com uma ação no Líbano: matou quatro terroristas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, interrompeu uma visita aos Estados Unidos para retornar ao país de origem.
Netanyahu afirmou a um líder druso: “O Hezbollah pagará um preço alto, do tipo que não pagou até agora”. O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, declarou: “Estamos enfrentando uma guerra total”.
O presidente Isaac Herzog classificou o ato terrorista como um “desastre terrível e espantoso” e assegurou que Israel defenderá seus cidadãos.
O governo libanês condenou a violência e pediu a cessação imediata das hostilidades. “Os ataques contra civis são uma violação flagrante do Direito Internacional e vão contra os princípios da humanidade”, disse em comunicado.
O ataque terrorista
Um vídeo mostra o caos no campo de futebol, com vítimas sendo levadas para ambulâncias. Majdal Shams é habitada por cerca de 25 mil drusos, minoritariamente cidadãos israelenses.
A maioria dos drusos manteve lealdade à Síria, e só aqueles com cidadania israelense podem votar e devem cumprir serviço militar. Eles são o maior grupo não-judeu nas FDI.
Israel anexou as Colinas de Golã em 1981, mas a comunidade internacional não reconhece esta anexação. Os drusos são um grupo étnico de língua árabe, principalmente no Líbano, Síria e norte de Israel.