Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foram convidados para visitar Israel na semana que vem.
A CNN detalha, a seguir, como deve funcionar a viagem.
A viagem está marcada para acontecer entre 18 e 22 de março.
A programação da viagem, segundo apurou a CNN, inclui uma visita ao local onde o Hamas cometeu ataques durante um festival de música eletrônica, em 7 de outubro, além de conversa com sobreviventes à ação terrorista.
Tarcísio e Caiado também devem ser levados ao Museu do Holocausto.
Os governadores vão ser reunir com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Há ainda a possibilidade de uma visita ao centro de inteligência e estratégia das Forças de Segurança israelenses.
Segundo a Kehilat Or Israel — a maior comunidade brasileira em Israel — e a Gmach Brasil — grupo da comunidade judaica brasileira –, o convite foi feito com o objetivo de “permitir visitar e registrar diretamente os resultados do ataque terrorista que atingiu o Estado de Israel em 7 de outubro”, além de entender os impactos sociais e econômicos da guerra em Gaza.
De acordo com Tarcísio, o convite é “sem ideologia e sem política”.
“Não tem nada a ver. Acho que primeiro, a gente não vai lá para fazer política. A gente tem uma parceria com o governo de Israel, parcerias importantes, compra de equipamentos, recebemos um convite. A gente tem uma excelente relação, estamos aceitando um convite e pronto. Sem ideologia e sem política”, explicou Tarcísio durante o evento CNN Talks na segunda-feira (11).
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também foi convidado, mas se recusou a ir, justificando já ter compromissos programados para o período.
O início da visita oficial dos governadores está marcado para o dia 18, justamente quando se completará um mês da polêmica declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, ao criticar a ofensiva de Israel em Gaza, o petista citou o holocausto.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse em entrevista coletiva durante viagem à Etiópia.
A declaração desencadeou uma crise diplomática. Lula foi declarado persona non grata pelo chanceler Israel Katz, e o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, foi chamado de volta pelo presidente. Ainda não há previsão para o retorno do diplomata, o que indica que a relação entre os dois países segue estremecidas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que recebeu convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mas ele está proibido pela Justiça de deixar o país.
Seu passaporte foi retido em fevereiro, quando foi alvo da operação da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A defesa de Bolsonaro vai pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que ele possa viajar a Israel.
*Sob supervisão de Nathan Lopes
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