Enfeitando os céus de praticamente todo o nosso planeta, as nuvens são formações incríveis que chamam a atenção. Seja enxergando formas de animais, ou adivinhando a chuva que vai cair logo, os seres humanos sempre gostaram de olhar para o céu do dia e admirar as nuvens. Porém, existe um tipo bem específico de nuvem que pode trazer bastante preocupação para a população da região onde ela aparece. É a nuvem nacarada.
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Nuvens são definidas como coleções de pequenas gotículas de água ou cristais de gelo, suspensão na atmosfera. Seu ciclo de vida tem início a partir da elevação do ar úmido e quente na atmosfera. Seja com o aquecimento do solo ou a convergência de massas de ar.
À medida que o ar sobe na atmosfera, ele esfria por conta da diminuição da pressão atmosférica. Quando a temperatura do ar atinge o ponto de saturação, o vapor de água se condensa.
As gotículas de água ou cristais de gelo então se aglomeram em partículas chamadas núcleos de condensação. Esses núcleos de condensação podem ser poeira, partículas de sal marinho, poluentes atmosféricos ou outros materiais suspensos na atmosfera.
À medida que mais e mais vapor d’água se condensa ao redor desses núcleos, as gotículas de água ou cristais de gelo se agrupam para formar nuvens visíveis a olho nu. As nuvens podem vir em diversos tamanhos e formas, essa variedade depende de diversos fatores, como altitude, temperatura e umidade na atmosfera.
O que são nuvens nacaradas?
Nuvens nacaradas, ou nuvens-madrepérola, são formações bastante raras, conhecidas cientificamente como nuvens estratosféricas polares. Elas se diferenciam das outras nuvens principalmente por ocorrerem em grandes altitudes, normalmente entre 15 e 25 quilômetros acima da superfície terrestre. Outra característica típica dessas nuvens são suas corres, que se assemelham bastante à madrepérola
Ocorrendo majoritariamente nas regiões mais geladas da estratosfera inferior, essas nuvens podem ser vistas duas horas após o pôr do sol ou antes do amanhecer, nas regiões mais próximas dos polos, como o extremo sul da América do Sul ou países nórdicos.
Sua aparência, marcada por folhas finas que se desdobram de maneira delicada, proporcionam um espetáculo deslumbrante de cores vivas e em constante mutação.
É justamente a posição única, nas mais altas partes da atmosfera, que permite às nuvens nacaradas existirem. Por estarem localizadas em grandes altitudes, a curvatura da terra permite que elas permaneçam iluminadas pelo sol mesmo após o entardecer ou antes do amanhecer.
Porém, o aumento recente das aparições dessas nuvens traz um aviso de cautela relacionada à possível destruição da camada de ozônio. Em fevereiro de 2016, um buraco na camada de ozônio surgiu sobre o Reino Unido após a ocorrência de nuvens estratosféricas polares do Tipo 1.
As partículas presentes nas nuvens nacaradas possuem substâncias catalíticas que estimulam reações químicas. Essas reações liberam substâncias destrutivas para a camada de ozônio como óxidos de nitrogênio e compostos de cloro, que contribuem para a quebra das moléculas de ozônio. Criando buracos na camada de ozônio, que nos protege principalmente da radiação ultravioleta do Sol.
As nuvens nacaradas são fenômenos únicos e raros que ocorrem apenas sob circunstâncias muito específicas e em lugares frios do nosso planeta. Estudar essas nuvens nos ajuda não somente a entender melhor os aspectos meteorológicos da nossa atmosfera, mas também nos permite monitorar eventos atmosféricos que podem arriscar a nossa própria existência.