Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (1º), o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que é preciso uma resposta célere ao iminente colapso da mina 18 em Maceió, capital de Alagoas.
“O que ocorreu não pode ficar sem resposta, porque se demorar muito essa resposta, obviamente, que nós vamos ficar sendo vítimas de estar, anualmente, passando por situações como essa, de possibilidade de novos eventos na área, trazendo até a preocupação de atingir novas pessoas e novas moradas, em regiões além daquela que já foi desmobilizada”, argumentou.
Pouco antes, o ministro confirmou à CNN que o governo reconheceu estado de emergência no município. A partir disso, a União deverá liberar recursos de auxílio.
De acordo com Góes, já foram deslocados para atuar na região especialistas ligados ao governo e autoridades públicas, como secretários da Defesa Civil.
“Destaquei para o Maceió, Alagoas, uma força-tarefa, tanto do governo federal ligado ao ministério quanto o ministério das Minas e Energia, através do Serviço Geológico Brasileiro”
Embora tenha destacado a resposta do governo ao iminente colapso da mina, o ministro afirmou que uma solucionada a emergência, “precisamos, sim, ter algo mais estrutural em termos de providência”.
A mina é uma das cavernas abertas pela extração de sal-gema da petroquímica Braskem, em Maceió.
Essas cavernas estavam sendo fechadas desde 2019, quando o Serviço Geológico do Brasil (SGB) confirmou que a atividade realizada havia provocado o fenômeno de afundamento do solo na região, o que obrigou a interdição de uma série de bairros da capital.
O caso tornou-se conhecido após um tremor de terra sentido por moradores de alguns bairros em março de 2018.
A Defesa Civil de Maceió afirmou hoje que a área ao redor da mina 18 está afundando em uma velocidade de 2,6 centímetros por hora.
Apesar de as autoridades continuarem ressaltando que o risco de eclosão é iminente, Góes informou que “os últimos dados indicam a desaceleração no que vinha acontecendo. Não está descartado acontecer mais um episódio, mas há um indicativo de desacelerar as rachaduras, as movimentações”.
*Publicado por Renata Souza, da CNN
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