Em 2020, a então ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva criticou o governo Bolsonaro pelas queimadas no Pantanal.
“O que precisa ficar claro é que as queimadas no Pantanal e na Amazônia não são acidentais”, publicou ela, em 16 de setembro daquele ano. “Fazem parte de um projeto e de uma visão de mundo que despreza o meio ambiente, com os quais o governo compactua e incentiva. O Pantanal chama e clama por ajuda urgentemente.”
O que precisa ficar claro é que as queimadas no Pantanal e na Amazônia não são acidentais. Fazem parte de um projeto e de uma visão de mundo que despreza o meio ambiente, com os quais o governo compactua e incentiva. O PANTANAL CHAMA e clama por ajuda urgentemente.
— Marina Silva (@MarinaSilva) September 16, 2020
Agora, de volta à pasta que ocupou na gestão Lula 1, Marina debitou a responsabilidade do recorde de queimadas no Pantanal na conta da “ação humana” e das “mudanças climáticas”.
“O único meio que nós teríamos de evitar o fogo é que as pessoas não queimem”, declarou a ministra, durante entrevista coletiva, na segunda-feira 24. “E elas não estão conscientes ainda o suficiente para entender que combater o fogo é evitar o fogo.”
Marina negou ainda que o governo federal tenha sido leniente na definição de ações prévias para combater os incêndios no Pantanal. De acordo com ela, o ministério já se preparava desde o fim de 2023 para o que classificou como “uma das piores situações” vividas na região.
“Tanto é que, mesmo tendo havido ações de antecipação do que era para começar em agosto, já estamos operando em plenas condições de ação e já temos sala de crise montada”, disse.