terça-feira, setembro 17, 2024
InícioPolíticaO que ficou decidido no almoço com Lira no STF sobre emendas

O que ficou decidido no almoço com Lira no STF sobre emendas

Depois de um almoço no Supremo Tribunal Federal (STF), organizado pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, nesta terça-feira, 20, representantes dos Três Poderes emitiram uma nota, sobre o que ficou acertado no encontro que tratou das emendas parlamentares, que teve ainda a presença de Arthur Lira.

Na semana passada, a Corte suspendeu o mecanismo do Congresso Nacional, usado para fortalecer as bases eleitorais. O posicionamento do tribunal foi o de estabelecer diálogo entre Legislativo e Executivo.

Acerto sobre emendas individuais discutidas em almoço no STF

Conforme estabeleceram os chefes dos Três Poderes, ficou decidido:

  • Transferência especial (emendas pix): ficam mantidas, com impositividade, observada a necessidade de identificação antecipada do objeto, a concessão de prioridade para obras inacabadas e a prestação de contas perante o TCU;
  • Demais emendas individuais: ficam mantidas, com impositividade, nos termos de regulação acerca dos critérios objetivos para determinar o que sejam impedimentos de ordem técnica (CF, art. 166, § 13), a serem estabelecidos em diálogo institucional entre Executivo e Legislativo. Tal regulação deverá ser editada em até dez dias.

Emendas de bancada

Serão destinadas a projetos estruturantes em cada Estado e no Distrito Federal, de acordo com a definição da bancada, vedada a individualização.

Emendas de comissão

Serão destinadas a projetos de interesse nacional ou regional, definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo, conforme procedimentos a serem estabelecidos em até dez dias.

Fica acordado que Executivo e Legislativo ajustarão o tema da vinculação das emendas parlamentares à receita corrente líquida, de modo a que elas não cresçam em proporção superior ao aumento do total das despesas discricionárias. O relator irá, oportunamente, reexaminar o processo.

Reação do Legislativo

Em virtude da suspensão das emendas parlamentares por parte do STF, Lira tirou da gaveta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões monocráticas de ministros. Já aprovada no Senado, a PEC teve o apoio de governistas.

O presidente da Câmara também pôs para andar uma medida que autoriza o Congresso a cassar decisões da Corte.

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, ministros manifestaram incômodo com as medidas, disseram auxiliares da Corte.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui