Cientistas da Universidade da Califórnia propuseram novos critérios para definir o que deve ou não ser considerado um planeta. Desde 2006, conforme determinado pela União Astronômica Internacional (IAU), são considerados planetas apenas os corpos celestes que orbitam nosso Sol, são massivos o suficiente para ter formato esférico e afastam outros objetos próximos à sua órbita.
Entenda:
- Cientistas propõem novos critérios para a definição de planetas;
- De acordo com a equipe, os quesitos determinados pela União Astronômica Internacional (IAU) em 2006 são muito vagos: atualmente, são considerados planetas os objetos que orbitam nosso Sol, possuem formato esférico e afastam outros objetos próximos à sua órbita;
- Com um algoritmo matemático, os pesquisadores identificaram novos critérios de definição que podem ser aplicados para além do nosso Sistema Solar;
- Na proposta, enquadram-se como planetas os corpos que orbitam uma ou mais estrelas, anãs marrons ou restos estelares; possuem massa superior a 10²³ kg; e pesam menos que 13 massas de Júpiter;
- O estudo foi publicado no arXiv e a proposta deve ser apresentada em agosto, na 32ª Assembleia Geral da IAU.
De acordo com um artigo publicado no arXiv, essas definições não deveriam ser limitadas aos corpos do nosso Sistema Solar. “Agora sabemos sobre a existência de milhares de planetas, mas a definição da IAU se aplica apenas aos do nosso Sistema Solar. Propomos uma nova definição que pode ser aplicada a corpos celestes que orbitam qualquer estrela, remanescente estelar ou anã marrom”, diz Jean-Luc Margot, líder do estudo, em comunicado.
Equipe propõe três critérios para a definição de planetas
Para desenvolver o estudo, os pesquisadores executaram um algoritmo matemático que agrupou os corpos celestes do nosso Sistema Solar com base em suas propriedades, identificando grupos de planetas com características em comum. Os dados ajudaram a criar a definição geral sugerida pelos cientistas.
De acordo com a equipe, os critérios determinados pela IAU são muito vagos. O formato esférico, por exemplo, dificilmente pode ser identificado com clareza em planetas mais distantes. Por isso, os pesquisadores propõem basear a definição em algo mais mensurável: a massa.
De acordo com a nova definição, para ser considerado um planeta, um corpo celeste deve atender a estes três requisitos:
- orbitar uma ou mais estrelas, anãs marrons ou restos estelares;
- possuir massa superior a 10²³ kg;
- pesar menos que 13 massas de Júpiter.
A proposta deve ser apresentada pelos cientistas em agosto, durante a 32ª Assembleia Geral da IAU.
Plutão deixará de ser um planeta anão?
É, Plutão… ainda não será dessa vez. Sua massa é de 1,31×1022, ou seja, insuficiente para passar nessa prova.