Voos atrasados, aplicativos bancários fora do ar e instabilidades em plataformas de investimentos foram algumas das consequências de uma falha de atualização no sistema Falcon, da empresa CrowdStrike, que provocou um “apagão” cibernético global.
A Falcon detecta e monitora possíveis invasões hackers pelo mundo. Ao ser atualizada, o programa identificou “falsos positivos”, classificando processos normais como maliciosos e, assim, bloqueando-os. Dessa forma, tudo relacionado a ela saiu do ar.
O CEO da CrowdStrike, George Kurz, se desculpou pelo ocorrido e explicou que o problema foi devido a um “defeito na atualização de conteúdo” da Falcon, e não a um ataque cibernético.
A falha afetou os usuários do Windows, impactando milhares empresas, diferentemente de quem usa Mac e Linux.
Origem da ferramenta da CrowdStrike que gerou o apagão
A CrowdStrike lançou a Falcon em 2013 para fornecer proteção contra ameaças externas. A empresa, fundada em 2011, utiliza inteligência artificial e aprendizado de máquina para prevenir ações de hackers antes que ocorram.
A companhia já participou de investigações de grandes ataques cibernéticos, como o da Sony Pictures em 2014 e o vazamento de e-mails do Comitê Nacional Democrata dos EUA em 2016.
Impacto global e reações
Nos EUA, as principais companhias aéreas, incluindo Delta, United e American Airlines, suspenderam todos os voos, na sexta-feira 19. Voos também foram suspensos no aeroporto de Berlim Brandenburg.
A operadora aeroportuária Aena informou que todos os aeroportos da Espanha sofreram “interrupções”.
O mesmo ocorreu no aeroporto de Hong Kong e em Londres, no Reino Unido.