Se você já assistiu ou leu uma reportagem sobre desastre aéreo, então, com certeza, sabe que as autoridades sempre procuram por um item chamado de “caixa-preta”. Esse dispositivo é considerado uma peça-chave para que investigadores possam descobrir o motivo por trás da queda de uma aeronave.
Mas quem inventou a caixa-preta e o que ela registra? Como ela resiste a queda e explosão de um avião? Respondemos essas e outras perguntas nos parágrafos a seguir. Confira abaixo.
O que é a caixa-preta de um avião e por que ela tem esse nome?
A caixa-preta é um dispositivo compacto e muito resistente que foi inventado em 1953 pelo cientista australiano David Warren. Apesar do nome, o exterior da caixa não apresenta a cor preta, mas um tom quente de laranja: essa cor é fundamental para que as autoridades encontrem o objeto mais facilmente.
Estima-se que o motivo deste nome seja porque o preto traz um sentimento familiar de mistério e já que não se sabe o que está registrado em uma caixa-preta até analisar os dados, então o nome “caixa-preta” pareceu apropriado.
O dispositivo foi desenvolvido para registrar diferentes tipos de informações sobre o voo, por isso é tão importante encontrá-lo após um acidente aéreo: porque seu interior pode conter o motivo da queda ou explosão de um avião. Logo, para suportar condições extremas, a caixa-preta é construída com metais altamente resistentes (como aço e titânio) para conter impactos violentos, temperaturas altíssimas e até tolerar a pressão da água sob profundidades que ultrapassam de 4 a 6 mil metros.
Quais informações são registradas na caixa-preta de um avião?
De forma geral, há dois tipos de caixas-pretas. A primeira é chamada de Flight Data Recorder e hospeda inúmeros dados técnicos da aeronave, como altitude, velocidade, pressão, etc. Já a segunda é conhecida como Cockpit Voice Recorder, utilizada para gravar os sons emitidos ao redor, a conversa dos pilotos, e toda e qualquer comunicação com as torres de controle. Ainda, há algumas que apresentam ambas as funcionalidades em único dispositivo.
O correto é que uma aeronave possua ambos os tipos de caixa-preta. E no caso de aviões de grande porte, é essencial ter mais de duas: tanto para o caso de uma ser danificada, quanto para aumentar as chances de as autoridades encontrarem-nas.
Independentemente do tipo de caixa utilizada, todas possuem uma fonte única de energia que as permitem funcionar sem uma alimentação elétrica direta da aeronave. Em casos de acidente, o dispositivo é encontrado graças a um localizador, capaz de emitir sinais por 30 dias seguidos.
Devido a sua extrema importância, todas as aeronaves corretamente homologadas são obrigadas a ter uma caixa-preta em seu interior. Esse decreto serve para todo tipo de voo comercial e está presente em todos os países.