sábado, outubro 5, 2024
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O que aconteceria se o ano bissexto não existisse? Veja animação

Ontem foi 29 de fevereiro, dia que só acontece no que é chamado de ano bissexto. A cada quatro anos, um dia extra é adicionado ao calendário gregoriano, fazendo com que fevereiro tenha 29 dias, em vez dos 28 usuais.

Os dias e meses bissextos estão lá para compensar nossos calendários que não correspondem exatamente ao ano solar. A principal consequência de não ter um ano bissexto é que os dias começam a se desviar.

Essa animação do astrônomo Dr. James O’Donoghue mostra claramente como esse desvio ocorre. Vale destacar que o vídeo apresenta as estações do ano do Hemisfério Norte. Aqui no Hemisfério Sul, o inverno vai de junho a setembro, a primavera de setembro a dezembro, o verão de dezembro a março e o outono de março a junho.

Isso não teria muitas consequências no mundo real, embora possa ser um incômodo para quem depende das estações do ano para o trabalho (como agricultores) em vez de definir arbitrariamente datas para projetos. Também poderia, como aconteceu antes da introdução do calendário gregoriano, realmente afetar festivais religiosos.

O calendário gregoriano foi introduzido depois que a Páscoa começou a se afastar do equinócio vernal. Tempo suficiente sem anos bissextos, e pode acabar fazendo muito frio em pleno Carnaval, ou quem sabe (finalmente) vermos neve no Natal no sul do Brasil. Já pensou?

Ajustes feitos ao longo do tempo

  • Os calendários mudaram muito ao longo dos anos e entre culturas.
  • Antes de Júlio César introduzir o calendário juliano em 45 a.C., e com ele os dias bissextos a cada quatro anos, o calendário romano tinha apenas 354 dias.
  • Para manter o calendário alinhado com a passagem da Terra ao redor do Sol, este calendário teve que introduzir um mês inteiramente novo a cada quatro anos.
Estátua do imperador romano Júlio César. (Imagem: Jule_Berlin / Shutterstock.om)

[O lendário rei de Roma, Numa Pompílio] Numa, [calculou] a diferença entre o ano lunar e solar em onze dias, pois a lua completava seu curso anual em trezentos e cinquenta e quatro dias, e o sol em trezentos e sessenta e cinco.

Para remediar essa incongruência [Numa] duplicou os onze dias e, a cada dois anos, adicionou um mês intercalar, para seguir fevereiro, consistindo de vinte e dois dias e chamado pelos romanos de mês Mercedinus. Essa emenda, no entanto, com o tempo, veio a precisar de outras emendas.

Plutarco em The Life of Numa, por volta do início do segundo século d.C.

ano bissexto
Escultura do Papa Gregório XIII em Bolonha, na Itália. (Imagem: Kizel Cotiw-an / Shutterstock.com)
  • O calendário juliano foi uma vasta melhoria em relação à adição de um mês extra a cada quatro anos, já que mudou para apenas adicionar um dia. No entanto, não era perfeito.
  • Para tentar alinhar o calendário com o ano solar (o tempo que a Terra leva para girar ao redor do Sol), o calendário juliano tinha um ano bissexto a cada quatro anos, no qual era adicionado um dia extra.
  • O problema era que, como o ano solar real tem 365,24219 dias, o calendário juliano rapidamente (e quando dizemos rapidamente, queremos dizer incrivelmente devagar) ganha um dia a cada 314 anos.
  • Embora isso possa não parecer muito, até o momento em que o calendário gregoriano foi introduzido em 1582, o ano havia se desviado em 13 dias.
  • Os adotantes do calendário tentaram compensar isso, mas devido a um erro de cálculo, pularam apenas 10 dias em vez de 13.
  • Para evitar mais desvios, o calendário gregoriano continuou com anos bissextos a cada quatro anos, mas agora os pula quando o ano é divisível por 100 e não é divisível por 400.

Via Olhar Digital

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