A OpenAI deu início ao treinamento de um novo modelo de inteligência artificial (IA) para suceder ao GPT-4, com a expectativa de elevá-lo a outro patamar. A startup de São Francisco visa a construir uma uma máquina que pode realizar qualquer tarefa que o cérebro humano consiga fazer.
O novo modelo será utilizado em produtos como chatbots, assistentes digitais, mecanismos de busca e geradores de imagens. A empresa está focada em avançar rapidamente na tecnologia, enquanto tenta apaziguar críticos que apontam os perigos da IA, como a disseminação de desinformação e a substituição de empregos.
A OpenAI lançou uma versão atualizada do GPT-4, chamada GPT-4o, que pode gerar imagens e responder a comandos em uma voz altamente conversacional. A atriz Scarlett Johansson, por exemplo, afirmou que a voz do GPT-4o era “assustadoramente semelhante” à sua, apesar de ter recusado licenciar sua voz para o produto.
Tecnologias como o GPT-4o aprendem suas habilidades analisando grandes quantidades de dados digitais, incluindo sons, fotos, vídeos, artigos da Wikipedia, livros e notícias. O jornal New York Times processou a OpenAI e a Microsoft em dezembro, alegando violação de direitos autorais de conteúdo de notícias relacionadas a sistemas de IA.
A evolução do “super cérebro”
O treinamento de novos modelos de IA pode levar meses ou até anos, seguido por mais alguns meses de testes e ajustes antes do lançamento público. Isso significa que o próximo modelo da OpenAI pode ser lançado em cerca de nove meses a um ano ou mais.
A OpenAI informou que, apesar de criar modelos líderes do setor em termos de recursos e segurança, acolhe um debate robusto neste momento importante. A empresa, juntamente do Google, da Meta e da Microsoft, tem aumentado constantemente o poder das tecnologias de IA. Isso demonstra avanços perceptíveis a cada dois ou três anos.
Impasse na equipe desenvolvedora do ChatGPT
Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, e Jan Leike, que lideravam a equipe de superalinhamento, deixaram a empresa este mês. Sutskever havia sido removido da empresa em novembro, mas foi reintegrado depois de uma campanha de lobby dos aliados de Sam Altman, CEO da OpenAI.
Os esforços de segurança da OpenAI são liderados por John Schulman, cofundador que anteriormente chefiou a equipe que criou o ChatGPT. Um novo Comitê de Segurança e Proteção foi criado para explorar como lidar com os riscos apresentados pelo novo modelo de IA e futuras tecnologias.