No debate que a TV Cultura promoveu neste domingo, 15, entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB) agrediu fisicamente Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira. O confronto ocorreu depois que o empresário fez acusações contra o jornalista. A emissora interrompeu a transmissão, mas imagens dos bastidores circulam na internet.
O mediador, Leão Serva, tentou intervir e ainda gritou: “Não, Datena!”, ao ver o apresentador sair de seu púlpito com uma cadeira nas mãos, conforme mostram as imagens. Ricardo Nunes (MDB) também tentou conter Datena, conforme um dos vídeos.
@estadao Veja por outro ângulo a agressão de Datena a Marçal e o que aconteceu após o debate ser interrompido 📹: Ricardo Souza/canal TV Pop #eleicoes2024 #debate #politica #eleicoessp ♬ som original – Estadão
O confronto entre Datena e Pablo Marçal
Marçal, ainda discursando, mencionou que Datena se aproximou dele em um debate anterior, mas não teve coragem de brigar. Foi nesse momento que Datena avançou contra Marçal, o que levou à interrupção da transmissão.
Enquanto Datena gritava “vagabundo” contra seu adversário político, Leão Serva pediu a ele que se acalmasse: “Senta na cadeira e chega!”. Serva declarou: “Não é possível continuar o programa depois do que aconteceu, infelizmente”.
Depois, Datena questionou, “Tá tirando a mim?”, ao que Serva respondeu: “Estou tirando você”. Depois do intervalo, Serva anunciou a expulsão de Datena do debate. Marçal deixou os estúdios para ir ao hospital.
Consequências e expulsão
Serva classificou o incidente como “um dos eventos mais absurdos da história da televisão brasileira”. Ele explicou que a decisão de expulsar Datena seguiu o regulamento, que prevê punição para três falhas graves consecutivas: uso de linguagem ofensiva e agressão física.
Contexto das acusações
Antes da agressão, Datena respondeu a uma pergunta de Marçal sobre uma denúncia de assédio sexual, afirmando que a acusação foi arquivada por falta de provas e que causou sofrimento à sua família.
“A acusação que você fez sobre mim eu repito: não foi investigada, porque não havia provas, foi arquivada pelo Ministério Público, chegou a provocar a morte da minha sogra por calúnia e difamação depois de três AVCs”, disse Datena. “O que você fez comigo hoje foi terrível, espero que Deus lhe perdoe.”
Marçal respondeu chamando Datena de “arregão”.