No dia 8 de fevereiro de 1969, um meteorito conhecido como Allende explodiu na atmosfera da Terra acima do estado mexicano de Chihuahua, liberando fragmentos que são encontrados até hoje, mesmo 50 anos depois. A análise desses pedaços de rocha, forneceram informações sobre o passado do Sistema Solar e até mesmo antes disso.
- Quando o meteorito adentrou a atmosfera terrestre, ele se movia a uma velocidade de 16 quilômetros por segundo;
- A sua chegada foi fatal, fazendo com que ele se fragmentasse em pedaços que variam de 110 quilos a um único grama;
- Os fragmentos se espalharam por uma área de 8 por 50 quilômetros, e até agora cerca de 2 toneladas desse material já foram recuperadas.
O que os pesquisadores encontraram no Allende?
As investigações desses fragmentos revelaram que o Allende é um condrito carbonáceo, a classe de meteoritos mais primitiva e também bastante rara. Os pedaços da rocha espacial são ricos em inclusões de cálcio-alumínio, uma das formações mais antigas do Sistema Solar.
Dentro do cálcio-alumínio, foram encontrados grãos pré-solares, como o carboneto de silício que data de 7 bilhões de anos atrás, 2,4 bilhões de anos mais velho que o Sol. Além disso, essa formação também forneceu informações de antes do Sistema Solar, como uma supernova que explodiu muito perto de onde estamos atualmente e que pode ter desempenhando um papel na formação do sistema, através de ondas de choque.
Mas além de grãos pré-solares, de acordo com o IFLScience, o Allende também revelou outros tesouros científicos que intrigam os pesquisadores. A análise dos fragmentos mostrou a presença de moléculas orgânicas complexas, como aminoácidos, polímeros e até mesmo algo que se parece com o fragmento de uma proteína, o que poderia ser a primeira proteína extraterrestre já encontrada.