O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), foi direto ao se dizer a favor da anistia aos presos pelos atos do 8 de janeiro e contrário ao bloqueio do Twitter/X. As declarações foram dadas em sabatina da Revista Oeste nesta sexta-feira, 13.
O emedebista, porém, titubeou sobre seu posicionamento em relação a um possível processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Qualquer impeachment, quando tem sua conclusão feita, tem que ser a favor, até o meu”, disse. “Para você fazer um processo de impeachment, você tem que ter todos os requisitos que comprovem aquele processo.”
Perguntado pelo apresentador Vitor Brown se ele acredita que há elementos suficientes para dar andamento ao processo de impedimento, Nunes afirmou: “Isso quem vai avaliar é o Senado”.
“O que eu tenho de informação agora […] são as matérias da Folha de S.Paulo, que eu não vejo como grave, vejo como gravíssimas”, acrescentou.
O prefeito continuou: “Independente de ser qualquer nome, qualquer pessoa no STF, no STJ, na Presidência da República, na Prefeitura, no Estado, que cometa irregularidade, ele está sujeito a sofrer um processo de impeachment.”
Ricardo Nunes diz que proibição do Twitter/X é censura
Nunes, no entanto, se disse contrário à proibição do Twitter/X no Brasil e classificou a decisão de Moraes como censura. “Eu me posicionei, eu publiquei no meu Twitter, quando tinha [o site], de ser contrário”, afirmou.
“A gente tem um trabalho enorme de trazer as empresas para cá, de defender a liberdade, de defender o direito de expressão”, acrescentou. “Eu acho que, infelizmente, é uma decisão judicial. […] Eu tenho que falar como prefeito da cidade de São Paulo, de uma cidade importante.”
O candidato também afirmou ser a favor da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis abusos do poder do STF.