domingo, julho 7, 2024
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Nunes comenta ação da PF que mirou Bolsonaro e aliados

'A Constituição Federal é a guardiã da democracia e nela está claro o princípio da presunção de inocência', disse o prefeito de São Paulo

Pré-candidato à reeleição, o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse confiar nas instituições democráticas e no Judiciário ao comentar a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. A ação investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, depois das eleições de 2022.

“A Constituição Federal é a guardiã da democracia e nela está claro o princípio da presunção de inocência”, declarou Ricardo Nunes à CNN Brasil, na segunda-feira 12. “Defendo e confio nas instituições democráticas, bem como confiança no Judiciário. Investigados devem ser ouvidos e a Justiça, fazer o seu papel, de julgar com base nas evidências e provas.”

Na quinta-feira 8, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão e 48 medidas alternativas contra Bolsonaro e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder, depois que foi derrotado nas eleições de 2022 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente do PL — a qual Bolsonaro é filiado –, Valdemar Costa Neto, está entre os alvos da ação da polícia.

O prefeito conta com o apoio do partido na campanha eleitoral, principalmente o apoio do ex-presidente, que ainda não oficializou o endosso.

Segundo as investigações, a estrutura do PL foi usada para a elaboração de uma “minuta de decreto”, que previa um golpe de Estado. Conforme a PF, há indícios de envolvimento do PL, por meio de Valdemar, no “esquema” apurado pela PF.

Até o momento, não é possível saber quais são os reais impactos da operação na campanha de Ricardo Nunes. Contudo, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), pré-candidato à Prefeitura de SP e apoiado por Lula, associou Nunes a Bolsonaro nas redes sociais.

“O vice de Ricardo Nunes será escolhido a dedo pelo líder de uma tentativa de golpe”, escreveu Boulos. “Já sabemos o que uma gestão golpista é capaz de fazer.”

Em 1° de fevereiro, Bolsonaro disse que indicou o coronel aposentado e ex-comandante da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar Ricardo de Mello Araújo para ser candidato a vice na chapa de Ricardo Nunes.

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