Recheado de história, o clássico entre Bahia e Vitória ganha, em 2024, uma dimensão maior do que nos últimos anos. Diante dos resultados que conquistaram nas competições em 2023, os dois principais clubes de Salvador (BA) podem se enfrentar até oito vezes na temporada. Cada uma delas será decisiva, para o bem e para o mal.
A primeira oportunidade será neste domingo (18), às 16h (de Brasília), no Barradão, pela 7ª rodada do Campeonato Baiano. A Itatiaia preparou um material especial para mostrar como os rivais chegam para esse confronto.
Após a conquista do título da Série B, o Vitória passou por uma grande reformulação no elenco. Visando a disputa da Primeira Divisão, a diretoria rubro-negra contratou 15 jogadores.
Dentre os mais conhecidos, estão o goleiro Muriel (ex-Fluminense e Inter) zagueiro Cristián Zapata (ex-Milan), o meia-atacante Luan (ex-Grêmio e Corinthians) e o atacante Everaldo (ex-Fluminense, Corinthians e América). À exceção de Luan, que estava em fase de recuperação física, todos já estrearam. Há uma tendência de que o meia-atacante seja relacionado para o Ba-Vi.
O Bahia, por sua vez, investiu mais em aquisições pontuais, que inclusive incomodaram potências do futebol nacional. A ideia é não repetir o sufoco vivido em 2023, quando o time só se salvou do rebaixamento para a Série B na última rodada do Brasileirão.
Embalado pelo poderio financeiro do Grupo City, dono da SAF tricolor, o clube trouxe nomes como Everton Ribeiro (ex-Cruzeiro e Flamengo), Jean Lucas (ex-Santos), Caio Alexandre (ex-Fortaleza) e Victor Cuesta (ex-Botafogo e Inter). Todos eles devem estar à disposição do técnico Rogério Ceni.
O Vitória começou a temporada um pouco mais oscilante do que o torcedor desejava. Em nove jogos disputados até aqui, o time acumula quatro vitórias, dois empates e três derrotas – aproveitamento de 51,8%. O clube é o quarto colocado no Baianão, com 10 pontos, e o quinto do Grupo A da Copa do Nordeste, com 4.
Contudo, todos os pontos perdidos pelo Leão foram em compromissos distantes do Barradão, onde possui 100% de aproveitamento em três partidas – venceu Bahia de Feira (1 a 0), Juazeirense (3 a 0) e ABC (3 a 1) no local.
Inclusive, o time de Léo Condé não perde em seus domínios desde 11 de junho do ano passado. Na ocasião, foi derrotado pelo Criciúma, por 1 a 0, pela Série B. Desde então, são 13 vitórias e três empates.
Enquanto isso, o Bahia vive sua melhor sequência desde a chegada de Rogério Ceni. No ano, o time principal do Esquadrão tem cinco vitórias e uma derrota em seis jogos. O aproveitamento é de 83,3%.
A única atuação ruim da equipe na temporada foi na derrota por 1 a 0 para o River-PI, pela 2ª rodada da Copa do Nordeste, em Teresina (PI). No total, são 19 gols marcados e apenas dois sofridos no período.
Quando se fala em retrospecto histórico, a vantagem é do Bahia. De acordo com levantamento feito pelo GE, o clássico ocorreu em 493 oportunidades, com 192 vitórias do Bahia, 150 empates e 151 vitórias do Vitória.
O primeiro jogo entre as equipes foi em 1932, no Campo da Graça, em Salvador. O Tricolor venceu o Rubro-Negro baiano por 3 a 0 após apenas 20 minutos de bola rolando.
No ano passado, o Ba-Vi só ocorreu duas vezes – ambas na Arena Fonte Nova, com uma vitória do Bahia – por 1 a 0, pelo Campeonato Baiano – e um empate – 1 a 1, pela Copa do Nordeste. O Barradão recebeu o clássico pela última vez em 2022 – mais um empate em 1 a 1.
O Ba-Vi deste domingo marca também um confronto de estilos. De um lado, o Bahia de Rogério Ceni aposta na pressão sobre os adversários para manter a bola no campo de ataque e criar jogadas com trocas de passes rápidas.
Do outro, o Vitória de Léo Condé se notabilizou por explorar bem as transições ofensivas e utilizar a velocidade para superar as zagas adversárias.
Vale lembrar que o clássico terá torcida única do Vitória, por recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Neste momento, quatro ‘Ba-Vis’ estão marcados para 2024: um pelo Campeonato Baiano, um pela Copa do Nordeste e dois pela Série A do Campeonato Brasileiro. O número pode chegar a oito a depender da evolução das equipes nas competições que disputam.