Depois de uma série de chuvas que desencadearam enchentes devastadoras, o Estado do Rio Grande do Sul está agora sob estado de calamidade pública, conforme anunciado pelo governador, Eduardo Leite (PSDB).
A situação crítica resultou na morte de 13 pessoas e foi oficialmente reconhecida em uma publicação extraordinária do Diário Oficial na noite da quarta-feira 1°. Os desastres, identificados como de nível 3 devido aos severos danos e prejuízos causados, levaram o governador a estabelecer o decreto com uma validade de 180 dias.
As mortes provenientes das tempestades foram reportadas em várias cidades, incluindo Paverama, Pantano Grande, Itaara, Encantado, Salvador do Sul, Segredo, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e São João do Polêsine, com as circunstâncias variando entre descargas elétricas, deslizamentos de terra e tentativas de atravessar áreas alagadas. Além disso, há relatos de 21 pessoas desaparecidas em cinco municípios.
Governo do Rio Grande do Sul em alerta
Em resposta à emergência, o governo estadual, em cooperação com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, está mobilizando recursos para prestar assistência às áreas atingidas. O governador, Eduardo Leite, fez um apelo aos moradores do Vale do Taquari para que deixem suas residências em virtude do risco iminente de mais inundações, especialmente ao longo do Rio Taquari, que já está ultrapassando sua cota de inundação.
O Estado contabiliza 134 municípios afetados, com 12 pessoas feridas, 5.257 desalojadas, e danos significativos aos serviços de energia elétrica, água, telefonia e internet. O Instituto Brasileiro de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho, que prevê que o volume total de chuvas possa superar 100 milímetros nas próximas horas.
Ações do governo federal
Durante uma conversa com o governador Eduardo Leite, o presidente Lula assegurou que o governo federal está “comprometido em fornecer todo o suporte necessário ao Rio Grande do Sul”.
Lula visita o Estado nesta quinta-feira, 2, junto de uma comitiva de ministros. Eles participarão de uma reunião com Leite na Base Aérea de Santa Maria e farão um sobrevoo pelas regiões impactadas.
A agenda oficial do presidente indica um retorno a Brasília ainda no mesmo dia. Entretanto, o ministro Paulo Pimenta relatou ao canal GloboNews que as aeronaves do Exército enfrentam “obstáculos operacionais” devido às condições meteorológicas, apesar de 330 homens e aviões das Forças Armadas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina estarem prontos para assistência.