O número de vítimas fatais das enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 66, de acordo com o último boletim da Defesa Civil do Estado. As autoridades informaram que outras seis mortes estão sob investigação. Enquanto isso, 101 pessoas de diversas regiões continuam desaparecidas.
As fortes chuvas que atingem o território gaúcho já impactaram 332 dos seus 497 municípios. Além dos óbitos, há registro de 155 feridos. As tempestades afetaram diretamente mais de 707 mil pessoas no Estado. Desse total, mais de 80,5 mil estão desalojadas e e outras 15 encontram-se em abrigos temporários.
De acordo com o governador Eduardo Leite, este episódio já é considerado mais devastador que a catástrofe ambiental de setembro de 2023, quando 54 pessoas perderam suas vidas.
Alerta de inundação severa
A elevação do rio Guaíba para mais de 5 metros alcançou níveis preocupantes. A Defesa Civil emitiu um aviso na noite de sábado 4 sobre a possibilidade de “inundação severa”.
Neste domingo, 5, às 7 horas, o Guaíba registrou 5,30 metros, ultrapassando a marca histórica de 5,24 metros observada no dia anterior, segundo informações do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Esse nível supera o recorde anterior de 4,76 metros, de 1941.
Evacuação das áreas de risco
Diante do risco iminente, a Defesa Civil recomendou a evacuação urgente dos habitantes das zonas mais vulneráveis na Região Metropolitana, incluindo a capital Porto Alegre, além de Guaíba, Barra do Ribeiro, Gravataí, Canoas, Charqueadas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Taquara.
Um mapa com as áreas de maior risco, identificadas por uma mancha vermelha, foi divulgado para orientar a população. O sistema de proteção contra enchentes da cidade é capaz de suportar até 6 metros.