O terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar elevou o número de mortos para 2.065 pessoas. Esse evento destacou-se como um dos mais intensos já registrados na região, com tremores também sentidos em partes da China e da Tailândia, onde causou o desabamento de um arranha-céu e destruição sem precedentes.
As equipes de resgate continuam as operações em Mianmar e na Tailândia, buscando centenas de indivíduos desaparecidos. Os governos da França e da China confirmaram que há cidadãos de seus países entre os mortos.
A destruição afetou infraestruturas críticas, como pontes, rodovias, aeroportos e ferrovias, complicando os esforços de socorro em um país já fragilizado por uma guerra civil.
Com terremoto, Mianmar precisou de apoio internacional

Em uma operação dramática, equipes chinesas, russas e locais resgataram uma mulher que ficou presa por 60 horas sob os escombros do Great Wall Hotel em Mandalay.
A operação durou cinco horas e concluiu com a mulher em condição estável, destacando o esforço conjunto internacional em momentos de crise.
Na capital da Tailândia, Bangcoc, as equipes de emergência retomaram a busca por 76 pessoas que se acredita estarem soterradas sob os destroços de um arranha-céu em construção que desmoronou.
O governador Chadchart Sittipunt destacou que as equipes de resgate continuam empenhadas, embora o tempo para encontrar sobreviventes esteja se esgotando rapidamente.
Esforços de ajuda humanitária
A Organização das Nações Unidas está enviando suprimentos para 23 mil sobreviventes do terremoto em Mianmar, destacando a importância da solidariedade global.
Índia, China e Tailândia já enviaram ajuda e equipes de resgate, enquanto os EUA prometeram US$ 2 milhões em apoio humanitário.
A crise se agrava devido à guerra civil em curso desde o golpe militar de 2021, que destituiu o governo eleito de Aung San Suu Kyi. O terremoto intensificou o caos em um país onde 3,5 milhões já foram deslocados pelo conflito.
Relatos revelam que os militares continuam ataques aéreos, mesmo depois da tragédia, levando Cingapura a pedir um cessar-fogo para permitir o socorro.