quinta-feira, setembro 19, 2024
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Nubank cai 5% em Nova York depois de dados do Banco Central

Em um dia de volatilidade nos mercados globais, as ações do Nubank caíram 5,03% na bolsa de Nova York nesta quinta-feira, 1º, depois da divulgação de dados do Banco Central (BC) sobre qualidade de crédito.

Os números do BC revelam que a parcela da carteira de crédito do Nubank classificada entre E e H, as de menor qualidade, aumentou 0,5 ponto porcentual de abril a maio, para 10,2%. Em contraste, bancos como Itaú Unibanco e Santander Brasil mantiveram estabilidade ou tiveram redução no índice.

Essas classificações, reguladas pelo BC, exigem que as instituições financeiras provisionem uma porcentagem do valor dos empréstimos conforme o atraso nos pagamentos. A alta participação de notas menores na carteira do Nubank sugere um maior provisionamento.

Os atrasos na carteira do Nubank eram de 6,3% em março, ante 5,5% do ano anterior. O índice da fintech tende a ser maior, porque o banco possui uma carteira concentrada em cartões de crédito e empréstimos pessoais, considerados mais arriscados. Em contraste, grandes bancos têm linhas como o consignado, em que o Nubank tem menor participação.

Embora dados mensais do BC geralmente não costumem fazer preço, no caso do Nubank, os números ganharam relevância devido às altas expectativas do mercado para os resultados do banco e ao nervosismo dos investidores diante de uma possível desaceleração da economia dos Estados Unidos.

Estimativas do Goldman Sachs revelam que as ações da fintech estão sendo negociadas a 28,3 vezes o lucro esperado para este ano, um múltiplo superior ao de outros bancos. Isso faz com que qualquer dado negativo seja visto como um desvio no caminho para avaliações mais altas.

Foto mostra mãos femininas segurando celular. Na tela, aparece o logo do Nubank
Nubank é a empresa financeira mais valiosa da América Latina | Foto: Reprodução/Nubank

Nubank é o banco mais valioso da América Latina

Com uma valorização de 37% neste ano, o Nubank é a empresa financeira mais valiosa da América Latina, avaliada em R$ 312,3 bilhões. O Itaú, na segunda posição, vale R$ 303,4 bilhões. A valorização veio com bons resultados no Brasil e expectativas de crescimento no México e na Colômbia.

No primeiro trimestre, o banco registrou um lucro líquido de US$ 443 milhões, aumento de 143% em 12 meses, e uma receita de US$ 2,736 bilhões, crescimento de 64% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) foi de 27%, contra 14% no ano anterior.

Via Revista Oeste

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